Mauro Ferreira no G1

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sábado, 16 de maio de 2015

Viúva de Donga, centenária cantora Vó Maria sai de cena no Rio aos 104 anos

Maria das Dores Santos Conceição (5 de maio de 1911 - 16 de maio de 2015), a Vó Maria, somente se casou com Ernesto Joaquim Maria dos Santos (1890 - 1974), o Donga, nos anos 1960, décadas depois de o compositor carioca ter registrado, em 1916, o samba amaxixado Pelo telefone, fundando oficialmente o ritmo. Mas Vó Maria - que saiu hoje de cena aos 104 anos, no Rio de Janeiro (RJ), em consequência de complicações derivadas de fratura no fêmur - ficou  conhecida sobretudo como a viúva do Donga talvez por carregar na figura franzina toda uma carga de ancestralidade em volta da criação do samba. Tanto que, didaticamente, Vó Maria delimitou fronteiras entre o gênero no título, Maxixe não é samba (ICCA), de seu primeiro e único álbum, produzido pela pesquisadora Marília Trindade Barbosa - sob a direção musical do violonista João de Aquino - e lançado em 2003, quando Vó Maria já contabilizava 92 anos. Sim, Vó Maria - nascida em Mendes, cidade fluminense do interior do Estado do Rio de Janeiro - também era cantora. Foi assídua frequentadora de rodas de sambas, mas somente começou  a se apresentar em público, de forma profissional, a partir dos anos 2000, geralmente em shows coletivos. Em 2013,  a reediçao do CD Maxixe não é samba  buscou ampliar o alcance desse único registro solo da voz de Vó Maria.