Mauro Ferreira no G1

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sábado, 13 de dezembro de 2014

Plebe lança 'Nação daltônica', seu primeiro disco de estúdio desde 2006

Nas plataformas digitais desde 6 de novembro de 2014, o primeiro disco de estúdio da banda brasiliense Plebe Rude em oito anos, Nação daltônica, ganha edição física neste mês de dezembro de 2014 via Substancial Music. Sucessor do CD R ao contrário (Independente / Outra Coisa, 2006) na discografia de estúdio da banda, o álbum Nação daltônica tem produção assinada por Philippe Seabra. O líder da Plebe pilotou a gravação feita em seu estúdio Daybreak, em Brasília (DF). Mixado em Nova York (EUA) por Kyle Kelso, o disco apresenta repertório inédito e autoral, inteiramente assinado por Seabra com tom politizado que soa coerente com a história da Plebe Rude, banda nascida no ninho punk de Brasília (DF) no início dos anos 1980. Anos de luta (faixa que questiona o conteúdo da mídia e a alienação da juventude dos anos 2000), Quem pode culpá-lo?, Retaliação (parceria de Seabra com André X, baixista da Plebe), Rude resiliência (outra parceria de Seabra com André X), Sua história e Três passos (rock de espírito punk) são seis das oito músicas inéditas apresentadas entre as dez faixas de Nação daltônica, sexto disco de estúdio da Plebe Rude, cujo último projeto fonográfico foi o CD e DVD Rachando concreto - Ao vivo em Brasília (Coqueiro Verde Records, 2011). Do repertório dessa gravação ao vivo, a propósito, a Plebe rebobina Tudo que poderia ser em registro de estúdio feito para Nação daltônica. A outra música do sexto disco de estúdio da Plebe Rude que já tem melodia pré-existente é Mais um ano você, versão em português de Will you stay tonight? (Stephen Fellows, Kevin Bacon, Mik Glaisher e Andy Peake, 1983), música do quarto álbum de estúdio da banda inglesa de pós-punk The Comsat Angels. Detalhe: o garoto visto de costas na capa de Nação daltônica é o mesmo que observava o caos em ilustração do segundo disco da banda, Nunca fomos tão brasileiros (EMI, 1987), o sucessor do histórico EP O concreto já rachou (EMI, 1986).

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ainda rude, Plebe chega ao DVD com as músicas e a atitude dos anos 80

Resenha de CD e DVD
Título: Rachando Concreto ao Vivo em Brasília
Artista: Plebe Rude
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * *

Há 25 anos, a Plebe Rude debutou em disco com EP - ou miniLP, para usar o termo criado pela gravadora EMI Music na época - gravado em 1985 com sete músicas. Corrosivo, O Concreto já Rachou (1986) expôs com alguma mordacidade parte da podridão que o reino de Brasília (DF) exportava para um Brasil corroído por inflação, corrupção e injusta distribuição de renda. Decorridos 25 anos da chegada às lojas desse histórico EP de ideologia punk, a Plebe Rude põe no mercado seu primeiro DVD, cujo título Rachando Concreto ao Vivo em Brasília alude explicitamente ao seu incendiário disco de estreia. E essa alusão significa tanto a preservação da atitude da banda - intacta - como a constação de que, de lá para cá, a Plebe Rude nunca mais produziu um disco tão significativo quanto O Concreto Já Rachou. Tanto que todas as sete músicas do EP - Brasília, Proteção, Minha Renda, Seu Jogo, Johnny Vai à Guerra (Outra Vez), Sexo e Karatê e o hit Até Quando Esperar? (de refrão memorável, repetido pelo público) - foram alocadas no roteiro que contabiliza 21 números. Excessos de pretensão e exaltação de egos ajudaram a implodir a carreira fonográfica da banda após o lançamento dos álbuns Nunca Fomos Tão Brasileiros (1987) e Plebe Rude (1998). Já rachada, a banda  chega ao DVD e aos 30 anos - a Plebe se reuniu lá pelos idos de 1981 - com metade de sua formação original. Permaneceram seus mentores Philippe Seabra (voz e guitarra) e André X (baixo). Debandaram o baterista Gutje (substituído por Txotxa, egresso do Maskavo Roots) e Jander Bilaphra, que fazia com com Philippe um jogo de vozes e guitarras que ora é armado (sem o mesmo impacto) com Clemente (líder do lendário grupo punk Inocentes) neste show captado por câmeras de alta definição em 12 de setembro de 2009 na Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranoá. Editado em CD e em DVD, Rachando Concreto ao Vivo em Brasília expõe a Plebe ainda rude, mas já sem aquela ira punk que se ajusta melhor a jovens de 20 e poucos anos. E o fato é que a banda hoje cativa mais pela atitude (sempre íntegra) do que por músicas que já ostentam menor poder de fogo. Impressão reiterada pela inédita Tudo que Poderia Ser (Philippe Seabra) incluída no roteiro que somente se afasta da trilha autoral quando a Plebe reverencia as bandas Escola de Escândalos (Luzes, sobre iniciação sexual) e Cólera (Medo). Filmado sob a direção de Rodrigo Ginaetto, o show começa ainda no entardecer e avança pela noite de Brasília (DF). Cantar músicas como Censura e A Ida no Distrito Federal ainda tem todo um significado especial para os plebeus e, por isso, Brasília vira tópico à parte nas entrevistas dos extras, que exibem também os clipes de Vote em Branco (controvertida música do último álbum de estúdio da Plebe Rude, R ao Contrário, editado em 2006), The Wake (versão em inglês de A Ida), O Que se Faz e R ao Contrário. Enfim, a Plebe Rude sempre teve a fama de soar mais contundente no palco do que no estúdio. Portanto, um registro audiovisual da banda - mesmo tardio - é bem-vindo por perpetuar show de um grupo que se conserva fiel à sonoridade e à ideologia semeada há 30 anos no árido Planalto Central.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Plebe Rude celebra 30 anos com CD e DVD 'Rachando Concreto ao Vivo'

Formada em 1981 no efervescente cenário punk de Brasília (DF), a Plebe Rude vai celebrar seus 30 anos de vida - ou 25, já que o grupo se dissolveu em 1994 e retomou as atividades em 1999 - com a edição do CD e DVD Rachando Concreto ao Vivo - Plebe Rude 30 anos, agendados para 2011. Trata-se do registro do show captado em 12 de setembro de 2009 na Ermida Dom Bosco, na terra natal da banda. Caberá à gravadora Coqueiro Verde editar o primeiro DVD da Plebe. Uma das músicas - The Wake, versão em inglês de A Ida, tema lançado pela banda no seu segundo álbum, Nunca Fomos Tão Brasileiros (1987) - já está em rotação na internet em videoclipe dirigido por Rodrigo Giannetto, Marcelo Watanabe e Erik de Castro.