Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Após 'hypado' EP de 2010, Lurdez da Luz lança o álbum 'Gana pelo bang'

 Lurdez da Luz - a rapper paulistana que ganhou status na cena musical contemporânea do Brasil em 2010 com o lançamento do EP Lurdez da Luz - volta ao mercado fonográfico, quatro anos depois, com seu primeiro álbum, Gana pelo bang. Com dez músicas, o álbum apresenta composições autorais como Mama drama, Ping pong, Beijinho, Mente aê, DR, Fervo e Gana. Projetada como MC do grupo Mamelo Sound System, Luz gravou o disco com participações de nomes como o DJ LX, o DJ Roger, a cantora Marietta Vidal - com quem a rapper formou a dupla Mercúrias - e o artista baiano Russo Passapusso, convidado de Poder, faixa captada em estúdio de Salvador (BA). Sob a direção musical da própria Lurdes da Luz, o álbum Gana pelo bang foi gravado no estúdio QG Stereodubs, em São Paulo (SP). A edição do CD é da YB Music.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Luz sobe morro ao realçar 'valor histórico' de Nara em Cantoras do Brasil

Resenha de programa de TV
Série: Cantoras do Brasil
Título: Lurdez da Luz Canta Nara Leão
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Foto: Cris Valias
Cotação: * * * *
Exibição programada pelo Canal Brasil para as 18h45m de 1º de novembro de 2012


Em depoimento para o nono dos 13 episódios da série Cantoras do Brasil, exibida às quintas-feiras pelo Canal Brasil, a ascendente rapper paulista Lurdez da Luz admite com sinceridade que desconhecia a obra de Nara Leão (1942-1989) até ser convidada pela produção da série para celebrar a cantora carioca, símbolo feminino da Bossa Nova. Luz acrescenta que - ao pesquisar a obra de Nara para participar da série em que uma cantora contemporânea dá voz ao repertório de uma cantora de tempos idos - descobriu uma intérprete única e original, de "valor histórico", e que se identificou com o repertório de Nara na fase em que a cantora começou a gravar compositores oriundos do morro. Dessa fase mais politizada do cancioneiro de Nara, Luz escolheu Opinião (Zé Kéti) - lançado por Nara em 1964 em álbum que ajudou a definir os cânones da MPB - e turbinou o samba com suas rimas feitas no compasso do rap. O coro masculino - formado pelos músicos Gabriel Muzak, Maurício Tagliari (diretor musical de Cantoras do Brasil) e Pipo Pegoraro - ajudou a ambientar Opinião em clima contemporâneo, sem perda da contundência dos versos. O mesmo trio vocal masculino faz o contracanto do primeiro dos dois números do programa, Quando o Carnaval Chegar (Chico Buarque, 1972), tema repaginado com pulsação que evoca o universo do hip hop sem transformar a música de Chico num rap propriamente dito. Em essência, Lurdez sobe o morro para iluminar o universo musical de Nara Leão com luz própria e com a consciência social de que samba e rap são - em última instância - ritmos gerados no mesmo Brasil periférico das injustiças e sequelas sociais.