sexta-feira, 31 de julho de 2015

Enquanto divulga disco com Criolo, Ivete anuncia gravação ao vivo para 2016

Enquanto divulga o disco gravado com o rapper paulistano Criolo com músicas de Tim Maia (1942 - 1998), Viva Tim Maia, lançado oficialmente hoje via Universal Music, Ivete Sangalo anuncia mais uma gravação ao vivo. Em 2016, a cantora baiana vai fazer o registro de um show a ser realizado em local ainda não  escolhido.  A ideia é juntar no roteiro músicas inéditas com sucessos da artista.

Grupo baiano OQuadro lança 'Filme', 'single' gravado com o piano de Arantes

Música que figura no repertório do próximo álbum do grupo baiano OQuadro, Filme está sendo lançado como single, já disponível nas plataformas digitais pela gravadora baiana Coaxo do Sapo. Na gravação, produzida por Alexandre Basa com o próprio OQuadro, o grupo baiano de rap - criado em Ilhéus (BA) - estende a conexão com o cantor, compositor e músico paulista Guilherme Arantes, que já participara de single anterior da banda, Felas gig (2014). Em Filme, Arantes toca seu piano CP70 Yamaha e clavinet Hohner, avalizando de novo o grupo formado por Freeza (voz), Jef (voz), Ranz (voz), Ricô (baixo), Victor Santana (bateria), Rodrigo da Lua (guitarra) e Jahgga (percussão).

Gudin abre leque de parceiros entre belos sambas de 'Notícias Dum Brasil 4'

Resenha de CD
Título: Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4
Artista: Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil
Gravadora: Dabliú Discos
Cotação: * * * *

A um ano de completar 50 anos de carreira, o compositor e violonista Eduardo Gudin - umas das mais perfeitas traduções do samba de São Paulo (SP) - amplia o leque de parceiros em seu 16º álbum, Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4, sem alterar a atmosfera e a arquitetura de sua obra autoral. Há a levada bossa-nova de O amor e a canção, tema letrado por Gudin a partir de melodia do carioca Carlos Lyra, um dos mestres do gênero. Lyra canta a música no disco, marcado pelas participações especiais dos parceiros do anfitrião. A melodia da canção Do jeito que você tem também exibe o d.n.a. harmônico de sua autor, Ivan Lins, que canta e toca piano na música letrada por Gudin. Mas nem por isso Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4 deixa de ser um disco típico de Gudin -  o primeiro álbum de músicas inéditas de Gudin em nove anos. O dom de melodista é reiterado em belos sambas como No fim das contas (Eduardo Gudin e Paulo Frederico) - composto nos anos 1960, mas até então inédito em disco - e Olhos sentimentais, recente criação de Gudin com seu parceiro mais frequente e fiel, Paulo César Pinheiro, que canta na faixa escolhida para ser o primeiro single do álbum. Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4 apresenta - como sugere o título do CD - a quarta formação do grupo Notícias Dum Brasil, pelo qual já passaram cantores do porte de Fabiana Cozza, Mônica Salmaso e Renato Braz. Atualmente, o grupo é formado por quatro vocalistas (Cezinha Oliveira, Ilana Volcov, Karine Telles e Mauríciso Sant'Anna) e quatro percussionistas (Ewerton de Almeida, Jorginho Cebion, Osvaldo Reis e Raphael Moreira) arregimentados na cena paulistana. Há espaços para solos dos vocalistas. Recém-admitida no grupo, Karine Telles, por exemplo, sola Tempo de espera, samba composto por Gudin com Paulo César Pinheiro na década de 1980, mas até então inédito em disco. Gudin remexia em seus guardados quando a letra do poeta caiu em suas mãos, fazendo com que a melodia do samba lhe viesse imediatamente à mente. Já Ilana Ilcov sola a terceira parceria de Gudin com Paulinho da Viola, Nem no samba eu vou, samba gravado com o nobre cavaquinho de Paulinho. A propósito, por mais que tenha eventuais canções, como Não era assim, parceria do anfitrião com Theo de Barros (parceiro de Geraldo Vandré em Disparada, hit de 1966), Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4 é CD de sambas em tom menor. Uns nem são inéditos. Parceria inicial de Gudin com o conterrâneo paulistano Toquinho, Por que razão? é samba lançado por Toquinho em seu álbum Quem viver verá (Biscoito Fino, 2011) e registrado na sequência por Gudin em seu DVD Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 3 - Três tempos (Selo Sesc, 2012). Toquinho canta o samba neste terceiro registro fonográfico. Já Armistício - parceria de Gudin com Adoniran Barbosa (1910 - 1982) - foi lançado há 31 anos em gravações quase simultâneas feitas por Gudin no álbum Ensaio do dia (Continental, 1984) e por Adoniran para o disco póstumo Documento inédito (Eldorado, 1984). Em Notícias Dum Brasil 4, o samba é cantado por Gudin, reiterando que o compositor é cantor eficaz de sua obra. Uma obra que Gudin expande neste 16º álbum sem alterar sua personalidade artística. Mesmo que contenha um ou outro samba de menor inspiração, caso de Meu delírio (Eduardo Gudin e Carlinhos Vergueiro), Eduardo Gudin & Notícias Dum Brasil 4  é grande disco, bastante fiel ao seu criador.

Após gravar 'Aquele abraço', Daniela celebra Gil com inédita de disco autoral

Aos recém-completados 50 anos, Daniela Mercury permanece com o plano de lançar álbum de músicas inéditas e autorais ainda em 2015. Além de A rainha má, música lançada pela artista na web em novembro de 2014, o repertório inclui homenagem ao cantor e compositor baiano Gilberto Gil. Dois anos após apresentar regravação do samba Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969) no abandonado disco Daniela Mercury & Cabeça de Nós Todos (Eldorado, 2013), a cantora baiana reverencia seu conterrâneo em música de sua autoria intitulada De Deus, de Alah, de Gilberto Gil.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Eis as capas - e as músicas - dos dois álbuns lançados por Alfredo Del-Penho

Com capas que expõem fotos de Leo Aversa, os dois álbuns solos lançados simultaneamente pelo cantor, compositor e violonista fluminense Alfredo Del-Penho chegam ao mercado fonográfico, de forma independente, no início de agosto de 2015. Samba sujo é disco cantado enquanto Pra essa gente boa, como explicitado na capa, é CD instrumental.  Ambos os álbuns trazem no repertório músicas de autoria do artista. Mas, enquanto Pra essa gente boa é disco inteiramente autoral, Samba sujo prioriza repertório alheio. Eis, na ordem dos CDs, as músicas dos dois álbuns de Penho:

Músicas do CD Samba sujo:
1. Samba com dengo (Angela Suarez e Paulo César Pinheiro, 1995)
2. Fatalidade (Alfredo Del-Penho e Rodrigo Alzuguir, 2015)
3. Não vem que não tem (Pedro Holanda e Orlando Magrinho, 2010)
4. Meio tom (Rubinho Jacobina, 2009)
5. Quando te esqueci (Alfredo Del-Penho, 2015)
6. Tabuleiro (João de Aquino e José Márcio, 1975)
7. Além do espelho (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1992)
8. Moeda (Romildo Bastos e Toninho Nascimento, 1978)
9. Do outro lado do mundo (Sá Róris e Francisco Fernandes, 1939)
10. Saudade em paz (Alfredo Del-Penho e Délcio Carvalho, 2015)
11. Ladrão de galinha (Maurício Tapajós e Nei Lopes, 1999)
12. Chora quando é hora (Alfredo Del-Penho e Rodrigo Alzuguir, 2015)
13. Garota porongodons (Baden Powell e Vinicius de Moraes, 1965)
14. Ponto final (Alfredo Del-Penho, 2015)
15. A cor da esperança (Cartola e Roberto Nascimento, 1978)

Músicas do CD Pra essa gente boa:
1. Pra essa gente boa (Alfredo Del-Penho, 2010)
2. O panda na idade da loba (Alfredo Del-Penho, 2015)
3. Olhos castanhos (Alfredo Del-Penho, 2015)
4. Maurício volta a Cuba (Alfredo Del-Penho, 2015)
5. Memórias de Paulinho da Viola (Alfredo Del-Penho, 2015)
6. Jasmin manga (Alfredo Del-Penho, 2015)
7. Acalanto pro Matias (Alfredo Del-Penho, 2015)
8. Paulino dança (Alfredo Del-Penho, 2015)
9. Marcelinho in'pro visa (Alfredo Del-Penho, 2015)
10. Lugar comum (Alfredo Del-Penho, 2015)
11. Na batucada com o Paulão (Alfredo Del-Penho, 2015)
12. Carlinhos Camará (Alfredo Del-Penho, 2015)
13. Maria Clara (Alfredo Del-Penho, 2015)
14. Do Bip Bip ao smalls com a anat (Alfredo Del-Penho, 2015)
      Suíte pra Mari sambar
15: Cantarolando (Alfredo Del-Penho, 2015)
16. No céu (Alfredo Del-Penho, 2015)
17. No parque (Alfredo Del-Penho, 2015)
18. Na gafieira (Alfredo Del-Penho, 2015)

Dani joga 'Areia' na web para promover o segundo álbum de estúdio, 'Dilúvio'

Dani Black jogou Areia na rede. Música que abre Dilúvio, segundo álbum de estúdio do cantor e compositor paulistano, Areia (Dani Black) já está em rotação no YouTube desde ontem, 29 de julho de 2015, em gravação feita com cordas regidas por Otávio de Moraes a partir do arranjo criado por Conrado Goys, produtor do disco. Na sequência do lançamento do single Areia, o álbum Dilúvio chega ao mercado fonográfico em agosto, trazendo a voz icônica de Milton Nascimento na última das 11 músicas do repertório inteiramente autoral, Maior (Dani Black).  Eis a letra de Areia:

Areia (Dani Black)

Faz algum tempo eu joguei no ar essa ideia (mortal)
De que eu podia me aventurar em sua aldeia (celestial)
Mas como um dom que eu não sei usar
Feito uma teia me pegou e então eu descobri
Que quanto mais me afogo ali
Mais incendeia

Os meus poros já não podem mais suportar
A clareira que é viver desde então
O desejo castigando e ardendo o fogo
De todo um beijo
Só meus olhos já não podem me confortar
É preciso ter na pele o frisson
E um perfume que perfura até se impregnar em minhas veias
Pra então me desmanchar
Ser só areia
Somente areia em suas mãos

Solo, Callado transita (com ironias) entre a euforia pop e a introspecção 'cool'

Resenha de CD
Título: Meu trabalho Han Sollo vol. II
Artista: Marcelo Callado
Gravadora: RockIt! / Embolacha
Cotação: * * * *

Há uma longa distância entre a introspecção cool da viajante Minha cama (Marcelo Callado) e a euforia pop de Brejal (Marcelo Callado), o rock otimista e embriagante que anunciou, em março deste ano de 2015, o lançamento do primeiro álbum solo de Marcelo Callado, cantor, compositor e músico carioca mais conhecido na cena indie brasileira por ser o baterista da BandaCê, de Caetano Veloso. Só que Callado percorre todas as distâncias estilísticas de Meu trabalho Han Sollo vol. II com desenvoltura e com certas ironias. A começar pelo título do disco lançado neste mês de julho. Callado acrescenta um s ao nome da personagem vivida pelo ator norte-americano Harrison Ford na série de filmes Star wars. O vol. II do título não deixa de ser também uma piada, já que o volume I foi um cassete caseiro de circulação restrita aos amigos do artista. Ou seja, é com Meu trabalho Han Sollo vol. II que o artista se apresenta de forma efetiva, no mercado fonográfico, com seu trabalho autoral. E a boa surpresa é que Callado se confirma bom compositor, como já mostrara em Gambito Budapeste (YB Music / Bolacha, 2012), o disco gravado e assinado com sua ex-mulher Nina Becker em tom que oscilou entre a doçura e o experimentalismo. Nina continua parceira na música, assinando com Callado e Gustavo Benjão Papai santo - música que tira onda com as entidades afro-brasileiras - e dando voz à etérea Oceanos (Marcelo Callado), música de poesia concreta que eleva à máxima potência o grau de psicodelia indie pop do disco. Mas Brejal não foi pista totalmente incerta, dada para confundir o público e os apoiadores do disco. Há leveza pop nas duas músicas que abrem o álbum, Todos nós (Marcelo Callado) e Pau de galinheiro (Marcelo Callado e Gustavo Benjão), ambas com versos pautados por um discurso direto e informal. "Cada um sabe o cu que tem", lembra Callado já no segundo verso de Todos nós. Pode soar grosseiro, fora de contexto, mas o disco tem humor. "O moderno já é chato há anos / Não aguento mais todas essas cores / Tanto colorido / Quero meu dinheiro de volta / Quero viver John Travolta / ... / Quem viver volta", ironiza Callado na primeira estrofe de Por dentro todo mundo é rabujento (Marcelo Callado), justamente uma música cuja melodia se arrasta, testando a paciência dos anti-mudernos. Mas o fato é que, no tom cool de Trampolim (Marcelo Callado e Gustavo Benjão), de Música triste (Marcelo Callado) - tema que ironiza os dramas das canções sentimentais - e de Âncora (Marcelo Callado), o álbum se sustenta, mesmo que não haja paralelo entre tais músicas e um reggae como Olé (Marcelo Callado e Gustavo Benjão). No fim, a marcha Carambolou arriou (Marcelo Callado e Gustavo Benjão) - gravada com coro estelar que inclui Alice Caymmi, Jonas Sá e Silvia Machete, cujas vozes são regidas pelo maestro Rubinho Jacobina - ressalta que Marcelo Callado sabe brincar seu Carnaval em disco solo gracioso que faz piada quando quer ser pop e até quando quer ser cool.

Maíra Freitas finaliza CD de piano e percussão que traz João Sabiá e Ilê Aiyê

A IMAGEM DO SOM - Compartilhada por Maíra Freitas em sua página oficial no Facebook, a foto de Fabricio Menicucci mostra a cantora, compositora e pianista carioca com o cantor e compositor carioca João Sabiá no Estúdio Pedra da Gávea. Sabiá gravou participação no segundo álbum de Maíra, Piano e batucada. A cantora já está na reta final das gravações, que vai ter uma etapa importante em Salvador (BA). No próximo domingo, 2 de agosto de 2015, Maíra grava na capital da Bahia a participação do grupo baiano Ilê Aiyê na sua releitura de Feeling good (Anthony Newley e Leslie Bricusse), canção composta para o musical The roar of the greasepaint - The smell of the crowd (1964) que ficou famosa a partir de 1965 na gravação feita pela cantora norte-americana Nina Simone (1933 - 2003) para seu histórico álbum I put a spell on you (Philips, 1965).

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Discografia de Ana Cañas alcança (inédito) ponto de coesão com 'Tô na vida'

Resenha de CD
Título: Tô na vida
Artista: Ana Cañas
Gravadora: Guela Records / Slap
Cotação: * * * *

Atriz que se tornou cantora ao interpretar standards do jazz e da MPB em shows envoltos em aura hype, em meados dos anos 2000, a paulistana Ana Cañas precisou de oito anos para que sua discografia alcançasse o inédito ponto de coesão atingido por seu quinto álbum, Tô na vida, já na web e com edição física em CD programada para chegar às lojas em agosto de 2015 em edição da Guela Records / Slap distribuída em escala nacional pela gravadora Som Livre. Primeiro álbum inteiramente autoral de Cañas, Tô na vida esboça - enfim - uma identidade, uma cara, um som, para a obra dessa cantora que atirou para vários lados musicais e errou mais do que acertou. Se seu primeiro álbum, Amor e caos (Sony Music, 2007), investiu na imagem da  virtuosa cantora de standards (ainda que o repertório fosse majoritariamente autoral e inédito), o segundo, Hein? (Sony Music, 2099), forçou parceria com o produtor Liminha e investiu no rock. Há, a propósito, pontos de contato entre Hein? e Tô na vida, álbum cujo repertório alterna rocks, baladas e blues. Mas o que soava fake no disco de 2009 - cujo repertório apresentou a bela balada Esconderijo (Ana Cañas) - soa verdadeiro em Tô na vida. Cañas já havia assumido o controle de sua discografia em seu disco anterior de estúdio, Volta (Guela Records / Slap), mas a safra autoral deste CD jamais roçou a coesão do cancioneiro de Tô na vida. Talvez a diferença seja efeito do encontro de Cañas com Lúcio Maia, produtor do álbum - função que divide com a própria Cañas - e parceiro em músicas como o rock O som do osso (Ana Cañas, Lúcio Maia e Pedro Luís) e o blues Madrugada quer você (Ana Cañas, Lúcio Maia e Arnaldo Antunes), composto pelo mesmo trio da música-título, outro blues inspirado pela soul music ouvida pela artista no período de gestação do repertório. Previamente lançada como single, a música Tô na vida - de tom confessional - já tinha sinalizado que algo tinha entrado dentro da ordem no som de Cañas. Havia ali um vigor, uma pegada, uma gana, que pauta  o repertório do CD. Além de Arnaldo Antunes, parceiro de músicas do álbum Hein? e atualmente da balada Um dois um só, Cañas retoma a conexão com Dadi, parceiro da artista na mais bonita canção de amor do álbum, Hoje nunca mais. Sozinha, Cañas assina nove das 14 músicas do disco. A mais inspirada é Existe, música que (não por acaso) abre o álbum. Os temas dessa solitária safra autoral geralmente têm alma roqueira, como expõem Coisa Deus e Indivisível (música que embute um canto falado que foge do formato-clichê do rap). O rock Mulher levanta a bandeira feminina sem tom panfletário, ecoando a obra de Rita Lee, pioneira roqueira brasileira na defesa das cores de seu sexo. Enfim, dois anos após sinalizar que seguiria a trilha pop de Nando Reis em CD ao vivo e DVD captados em show sem identidade, Coração inevitável (Guela Records / Som Livre, 2013), Ana Cañas na vida, na rede e - em breve - nas lojas com o seu melhor álbum.

Luciana Mello idealiza disco de samba para festejar seus 30 anos de carreira

Luciana Mello arquiteta disco todo dedicado ao samba para festejar seus 30 anos de carreira fonográfica. Trinta anos que, a rigor, já são 31, já que a cantora paulistana - vista em foto de Ike Levy - estabeleceu como marco inicial de sua trajetória a gravação da música O filho do seu menino (Rildo Hora) no álbum Luzes do prazer (PolyGram, 1984), lançado por seu pai, Jair Rodrigues (1939 - 2014), há 31 anos. No momento, Luciana e o produtor Walmir Borges selecionam o repertório do álbum enquanto a cantora promove campanha de financiamento coletivo no site Kickante para bancar a gravação e a edição do disco. Clique aqui se quiser colaborar com a artista.

Presente em três fonogramas, Bethânia domina coletânea 'Acordes do Brasil'

Com ritmo desacelerado de lançamentos de CDs, a gravadora Biscoito Fino aposta cada vez mais em coletâneas. Na sequência de Olivia Hime & amigos, compilação de duetos da cantora carioca com ícones da MPB, a companhia põe no mercado fonográfico neste mês de julho de 2015, em edição física em CD e em simultâneo formato digital, a inédita coletânea Acordes do Brasil (capa vista à esquerda). Com 12 fonogramas selecionados no acervo da Biscoito Fino, a coletânea é dominada por Maria Bethânia (em foto de Gringo Gardia). A cantora baiana está presente em três das 12 gravações. Bethânia é ouvida nas músicas Vive (Djavan, 2012), São João, Xangô menino (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1976) e em Fogueira (Angela RoRo, 1983), esta ouvida em dueto recente com a compositora da música, gravado para os extras de DVD lançado em 2013 pela Biscoito Fino. Eis, na ordem do CD, os 12 fonogramas reunidos pela gravadora na compilação  Acordes do Brasil:

1. Vive (Djavan, 2012) -  Maria Bethânia (com participação de Djavan)
2. Reza (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 2012) - Rita Lee
3. Maracanã (Francis Hime e Paulo César Pinheiro, 1993) - Francis Hime
4. Que nem mandacaru (Moraes Moreira, 2012) - Moraes Moreira
5. São João, Xangô menino (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1976) - Maria Bethânia
6. João nos tribunais (Tom Zé, 2009) - Tom Zé
7. Medo de amar (Vinicius de Moraes, 1958) - Miúcha (com participação de Chico Buarque)
8. Modinha (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes) - Antonio Carlos Jobim
9. Maravilha (Francis Hime e Chico Buarque, 1977) - Simone
10. Sinhá (João Bosco e Chico Buarque, 2011) - Chico Buarque
11. Molhado de suor (Alceu Valença, 1974) - Alceu Valença
12. Fogueira (Angela RoRo, 1983) - Angela RoRo (com participação de Maria Bethânia) 

Fred Falcão fecha trilogia autoral com 'Premonições', CD gravado com Grova

Aos 78 anos, o compositor pernambucano - radicado no Rio de Janeiro (RJ) - Fred Falcão fecha com a edição do CD Premonições (Sala de Som, 2015) uma trilogia de álbuns autorais iniciada há quatro anos com o disco Voando na canção (Sala de Som, 2011) e desenvolvida no ano passado com o CD Nas asas dos bordões (Sala de Som, 2014). Produzido e arranjado pelo pianista e maestro carioca Cristóvão Bastos, Premonições é disco gravado e assinado por Falcão com Clarisse Grova. A cantora carioca dá voz a 11 das 17 músicas do álbum. Além de fazer dueto com Falcão na Marcha enredo (Fred Falcão e Marcello Silva), Grova sola temas como o bolero Quase nua (Fred Falcão e Cláudio Rabello) e a canção Minha loucura (Fred Falcão e William Prado). Falcão canta somente seis músicas do CD. Entre elas, o samba Aconteceu, parceria com Carlos Henrique Costa. Convidado pelo artista, o cantor paulista Claudio Nucci sola Velho algodão (Fred Falcão e Carlos Henrique Costa), homenagem do anfitrião ao compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008). Das 17 músicas de Premonições, somente o baião Maria Aninha - parceria de Falcão com o compositor e violonista carioca Paulinho Tapajós (1945 - 2013) - já tinha sido registrado em disco. No caso, na voz de Beth Carvalho, que lançou Maria Aninha em seu primeiro álbum, Andança (Odeon, 1969). Aliás, a regravação do baião em Premonições  foi sugestão da própria Beth, dada a Clarisse Grova.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Fred Martins edita no Brasil o CD lusitano 'Para além do muro do meu quintal'

Gravado pelo cantor e compositor fluminense Fred Martins em Lisboa, Portugal, com produção do pianista e arranjador açoriano Paulo Borges, o álbum Para além do muro do meu quintal está sendo lançado no Brasil pelo selo paulistano Sete Sóis com distribuição da Tratore. O título Para além do muro do meu quintal vem de verso do poema Noite de São João, escrito por Alberto Caeiro - um dos heterônimos do poeta português Fernando Pessoa (1888 – 1935) - e musicado por Martins para gravação ao vivo feita em 2007 no CD e DVD Tempo afora (Eldorado, 2008). Noite de São João reaparece em Para além do muro do meu quintal, CD que abre com a música inédita Terras do sem fim, parceria de Martins com Roberto Bozzetti gravada com a participação do cantor paulistano Renato Braz. A música versa sobre a Amazônia, tendo sido feita com inspiração no livro de poesias Cobra Norato, publicado em 1931 pelo poeta gaúcho Raul Bopp (1898 – 1984). No disco, Martins dá nova voz a sucessos de sua obra autoral como Novamente – lançada em 1998 em gravação feita por Ney Matogrosso para o álbum Olhos de farol – e Flores (Fred Martins e Marcelo Diniz), sucesso na voz de Zélia Duncan em 2001. Lançado por Maria Rita no álbum Segundo (Warner Music, 2005), o samba Sem aviso (Fred Martins e Francisco Bosco) também figura no repertório do disco lusitano. Já O samba me diz (Fred Martins e Marcelo Diniz,  2003) é rebobinado com a adesão da cantora cabo-verdiana Nancy Vieira.

Álbum de Ná Ozzetti e Passo Torto equilibra mal letras, melodias, voz e sons

Resenha de CD
Título: Thiago França
Artista: Passo Torto & Ná Ozzetti
Gravadora: YB Music
Cotação: * * 1/2

"Passo Torto e Ná Ozzetti é canção. Mas não exatamente a canção do samba-canção, a canção com refrão, a canção de amor e dor-de-cotovelo... Canções que contam pequenas estórias, mas estórias sem grandes heróis nem moral da estória... Estórias nem sempre lineares, estórias tortas cantadas em poesia, mas conduzidas também pela montagem inusitada dos arranjos, pelos cortes bruscos e secos, pelo contraste entre timbres saturados e cristalinos, pela alternância entre a estática do ruído e do quase-silêncio e a vertigem das intricadas texturas polifônicas... Tudo isto pode ser canção." Caçapa

O trecho do texto escrito por Caçapa para apresentar Thiago França - o recém-lançado álbum que junta a cantora paulistana Ná Ozzetti com o grupo também paulistano Passo Torto - dá a senha para um possível (não) entendimento do disco. Com repertório autoral e inédito que se distancia do formato convencional da canção, o álbum não justifica a grande expectativa gerada desde seu anúncio justamente pela qualidade melódica do repertório, inferior à produção autoral apresentada pelo Passo Torto em seus dois álbuns anteriores. O título Thiago França soa como uma piada interna que vai ser entendida somente por quem sabe que França é um músico paulistano que muitos pensam pertencer ao Passo Torto, o quarteto formado Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e Romulo Fróes. A música em si também vai ser deglutida por poucos - e aí cabe ressaltar que a culpa não reside na imensa maioria que vai ter dificuldade para acompanhar os (com)passos inusitados de composições como Este homem (música de Ná Ozzetti com letra de Romulo Fróes) e Homem comum (música de Romulo Fróes com letra de Rodrigo Campos). A voz límpida de Ná Ozzetti está lá, mas por vezes abafada pelos ruídos do som noise do Passo Torto, como já sinalizara o brochante single Perder essa mulher (música de Marcelo Cabral e Kiko Dinucci com letra de Rodrigo Campos, Romulo Fróes e Kiko Dinucci). Talvez tenha faltado tempo para burilar esse cancioneiro composto em razão do projeto do disco. Das 10 músicas, Cipó (música de Romulo Fróes com letra de Rodrigo Campos) sobressai no repertório com sua evocação do cancioneiro do Rumo, o grupo que projetou Ná na primeira metade dos anos 1980 e que apontou caminhos inusitados para a canção brasileira dentro do movimento rotulado com Vanguarda paulista. Retrato nu e cru da personagem-título, Beth (música de Marcelo Cabral com letra de Rodrigo Campos) também transita com brilho por esses caminhos difíceis de serem acompanhados por ouvintes habituados ao tom palatável do pop radiofônico. Em contrapartida, Onde é que tem? (música de Ná Ozzetti com letra de Romulo Fróes) reitera que música difícil nem sempre soa mais interessante (ou melhor) do que a canção fácil, de refrão e de amor. Situada no disco após os versos concretistas de Palavra perdida (música de Marcelo Cabral com letra de Romulo Fróes), O cinema é melhor (música de Kiko Dinucci com letra de Rodrigo Campos) - grande destaque do cancioneiro ao lado da já mencionada música Cipó - aponta a grande superioridade das letras sobre as melodias de Thiago França com seus versos que confrontam o roteiro banal da vida real com a felicidade fantasiosa vivida na tela de cinema. Na sequência, Bloco torto (música de Ná Ozzetti com letra de Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Romulo Fróes) segue o passo anti-folião do grupo, fazendo outros Carnavais. No fim, O cadáver (música de Romulo Fróes com letra de Kiko Dinucci e Romulo Fróes) remete ao mote mortal de Encarnado (Independente, 2014), o estupendo álbum solo da cantora Juçara Marçal, gravado com Dinucci e Campos. Só que, se em Encarnado a liga resultou perfeita, em Thiago França algo parece fora de equilíbrio. Talvez os passos tortuosos das melodias dificultem a fruição do encontro histórico de uma cantora de geração fundamental na pavimentação de caminhos seguidos pela geração do grupo que ora a acolhe em disco em que a voz referencial dessa cantora soa como (mais) um elemento entre os timbres secos e crus desse grupo.

Vital Lima escoa produção autoral e reúne paraenses em 'O que não tem fim'

Vital Lima retorna ao mercado fonográfico após dez anos de ausência involuntária. Embora o álbum O que não tem fim, ora lançado via Mills Records em edição física em CD e em edição digital já disponível no iTunes e nas plataformas de streaming, abra com Sobreviventes (Vital Lima e Ronald Junqueiro, 2005), música que encerrava o álbum anterior do cantor e compositor paraense, Das coisas simples da vida (Independente, 2005), o atual disco apresenta repertório autoral essencialmente inédito, escoando a produção musical acumulada por Vital nessa década em que ficou fora dos estúdios de gravação. Em O que não tem fim, Vital agrega artistas conterrâneos de várias gerações - Arthur Nogueira e Leila Pinheiro figuram como convidados de O parkour (Vital Lima) e de Pedras de lioz (Leandro Dias e Vital Lima), respectivamente - e refaz conexões com antigos parceiros. Com o também paraense Nilson Chaves, com quem chegou a dividir um disco (Interior, Visom, 1986), Vital assina e canta a música-título O que não tem fim. Com o compositor e poeta carioca Hermínio Bello de Carvalho, Vital apresenta o poema e a canção Enunciação no fecho do álbum gravado no Rio de Janeiro (RJ), entre maio e outubro de 2014, com produção dividida entre Fernando Carvalho e o próprio Vital. A parceria de Hermínio com Vital vem dos anos 1970, tendo sido o mote do primeiro álbum do artista paraense, Pastores da noite (Tapecar, 1978), lançado há 37 anos com 13 músicas assinadas por Vital com Hermínio. A inédita safra autoral registrada por Vital Lima no CD O que não tem fim é de bom nível, mas jamais arrebata...

Sem fazer drama, Calcanhotto reabre caixa de ódio de Lupicínio em 'Loucura'

Resenha de CD e DVD
Título: Loucura - Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues
Artista: Adriana Calcanhotto
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *

Com lucidez, Adriana Calcanhotto entendeu que não cabia fazer drama ao reabrir a caixa de ódio que guarda o cancioneiro do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974), cronista sem meias palavras das dores de amores, expostas em carne viva em obra que teve seu auge produtivo nos anos 1940 e 1950. Loucura - o CD ao vivo e o DVD que perpetuam o show em que a cantora gaúcha interpreta os maiores sucessos da obra de seu ilustre conterrâneo - vai na contramão da dramaticidade dos habituais registros das músicas do compositor de Nunca (Lupicínio Rodrigues, 1952), samba-canção que Calcanhotto já abordara em seu primeiro álbum, o equivocado Enguiço (Sony Music, 1990), e que volta a interpretar neste show (bem) captado pela Samba Filmes na única apresentação feita em Porto Alegre (RS), cidade natal da cantora e do compositor,  no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 4 de dezembro de 2014 - ainda a tempo de festejar o centenário de nascimento de Lupicínio. Vestida a rigor, mas com batom vermelho e maquiagem glitter ao redor dos olhos, Calcanhotto ceva o amargo do cancioneiro de Lupicínio, interiorizando os (res)sentimentos pesados contidos nos versos do autor. O sofrimento está no olhar, na alma e no tom comedido da voz. Mas Calcanhotto não o escancara, ainda que improvise um teatro ao longo da interpretação do samba-canção Volta (Lupicínio Rodrigues,  1957), número de acento blues (dado pelo dobro tocado por Cid Campos) em que a cantora acaricia cadeira vazia - símbolo da ausência do ser amado - até deitar no palco, vencida pela dor. Com economia de gestos e movimentos, a ponto de cantar Homenagem (Lupicínio Rodrigues, 1961) praticamente imóvel na abertura do show, Calcanhotto dá voz sensível a músicas entranhadas em sua memória afetiva. Musicalmente, a banda envolve temas como Ela disse-me assim (Vá embora) (Lupicínio Rodrigues, 1959) em sonoridade que evoca com modernidade o toque dos conjuntos regionais dos anos 1940. Em geral, a maioria dos números feitos com a banda - caso do samba-canção Vingança (Lupicínio Rodrigues, 1951) - abre espaços para intervenções destacadas dos sopros de Jessé Sadoc, músico que se alterna no trompete e no flugelhorn. No meio de Cadeira vazia (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, 1950), a banda ganha a adesão do violonista gaúcho Arthur Nestrovski, músico de formação erudita. Com o virtuoso Nestrovski, Calcanhotto faz set de voz e violão em que alinha Quem há de dizer (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, 1948), Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues, 1947) e Esses moços (Pobres moços) (Lupicínio Rodrigues, 1948), número em que Nestrovski faz sagaz citação instrumental do choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1928). A partir da entrada do acordeonista gaúcho Arthur de Faria, em Judiaria (Lupicínuo Rodrigues, 1971), o recital adquire caráter progressivamente sulista que culmina, já no bis, com a transposição da toada gaúcha Cevando o amargo (Lupicínio Rodrigues e Paratini, 1953) para o universo do samba de roda do Recôncavo Baiano, rota seguida pelo toque das cordas do violão do baiano Cezar Mendes, integrante da banda virtuosa que inclui ainda Alberto Continentino no contrabaixo e Dadi em outro violão. Mesmo quando ensaia uns passos de samba em Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, 1938), também no bis, Calcanhotto preserva o ar interiorizado do show. Nos extras, a artista explica em conversa formal com o baterista Domenico Lancellotti - mote do documentário A luz do refletor - a origem e o caráter de sua homenagem a Lupicínio, cujo samba Cenário de Mangueira (Lupicínio Rodrigues e Henrique de Almeida, 1969) é levado na batida eletrônica do funk carioca em número de estúdio alocado nos extras do DVD e reproduzido no CD. É uma saudável loucura estilística que jamais anula o tom reverentemente lúcido da bela abordagem da obra de Lupicínio Rodrigues por Adriana Calcanhotto.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Renegado faz 'Relatos de um conflito particular' com adesão de Samuel Rosa

A IMAGEM DO SOM - A foto acima flagra Samuel Rosa com o rapper mineiro Flávio Renegado em estúdio de Belo Horizonte (MG) durante a gravação de Rotina, uma das sete músicas do EP que Renegado vai lançar em agosto de 2015. Também mineiro, o cantor, compositor e guitarrista do grupo Skank pôs voz nessa parceria de Renegado com o compositor carioca Gabriel Moura. Outro convidado do disco - intitulado Relatos de um conflito particular - é Alexandre Carlo. O vocalista da banda brasiliense de reggae Natiruts participa de Além do mal,  canção de Carlo com Renegado.

Fafá grava música de Silvio César lançada na voz de Angela Maria há 44 anos

Fafá de Belém sempre declarou publicamente sua admiração por Angela Maria. Por isso, faz sentido que, no disco comemorativo de seus 40 anos de carreira, a cantora paraense dê sua voz calorosa a uma música lançada pela Sapoti. A escolhida foi Usei você, composição de autoria do mineiro Silvio César gravada há 44 anos pela cantora fluminense no álbum Angela (Copacabana, 1971). Usei você é uma das dez músicas do aguardado álbum de Fafá, intitulado Do tamanho certo para o meu sorriso. O título, aliás, foi extraído de verso da música O gosto da vida (Péricles Cavalcanti), lançada pela própria Fafá há 33 anos no álbum Essencial (Philips, 1982), e ora regravada pela cantora no álbum produzido por Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro. Concebido pela própria Fafá em parceria com o DJ Zé Pedro, o álbum Do tamanho certo para o meu sorriso vai chegar ao mercado fonográfico brasileiro em agosto de 2015 em edição da gravadora Joia Moderna. Além de O gosto da vida e de Usei você, Fafá - em foto de Fábio Bartelt - canta músicas como Asfalto amarelo (parceria inédita de Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro com Zeca Baleiro), Meu coração é brega (inédita de Veloso Dias), Volta (Johnny Hooker) - tema passional propagado na trilha sonora do cultuado filme gay Tatuagem (Brasil,2013) - e Pedra sem valor (inédita fornecida para Fafá pela compositora paraense Dona Onete).

Teló grava músicas novas em registro ao vivo agendado para 2 de setembro

Michel Teló vai fazer o quarto registro ao vivo de show de sua discografia. A gravação está programada para 2 de setembro de 2015 em show a ser feito pelo cantor de origem paranaense (e criação sul mato-grossense) no Espaço das Américas, em São Paulo (SP). O roteiro prevê a inclusão de músicas novas, nuncas gravadas por Teló. Entre as novidades, há Essa mania, O presente e o passado, Não tem pra ninguém e Prefiro a solidão. Teló promove por ora o single Coração cansou.

Naldo apresenta 'Meu bem', música do álbum 'Mix', no seu canal no YouTube

Naldo Benny faz hoje, 27 de julho de 2015, o lançamento oficial de sua nova música. Meu bem integra o repertório do próximo álbum do cantor e compositor carioca, Mix, nas lojas em breve. A capa do single - que pode ser ouvido no canal do artista no YouTube - reproduz a arte criada por Romero Britto para capa do álbum,  gravado com participações de convidados como Erasmo Carlos.

domingo, 26 de julho de 2015

Baleiro repisa trilha que deu em 'Chão de giz', DVD em que canta Zé Ramalho

Cronista hábil, Zeca Baleiro escreveu um texto em que repisa as trilhas que o levaram em 2013 a abordar o cancioneiro do compositor paraibano Zé Ramalho em show (leia resenha) que, gravado ao vivo, gerou o CD e DVD Chão de giz - Zeca Baleiro canta Zé Ramalho. Eis o texto escrito pelo multimídia artista maranhense para apresentar o produto recém-lançado pela gravadora Som Livre:

Espalho coisas sobre um chão de giz
ou... De Zeca, para Zé


por Zeca Baleiro

"Em julho de 2013, recebi o convite para cantar a música de Zé Ramalho na segunda edição do projeto BB Covers. Fiquei feliz e honrado com o convite. Fui (e sou) fã ardoroso da música do Zé, assim como de toda a geração Nordeste 70, ou como queiram chamar a turma que sacudiu a música brasileira naquela década, egressa de Pernambuco, Paraíba e Ceará. Mas também fiquei preocupado com a associação, tenho que confessar. Já tinha partilhado CD e DVD com Fagner, outro nome essencial da mesma cena, anos atrás. À época do lançamento do meu primeiro disco, parte da imprensa havia traçado paralelos reducionistas entre a minha geração e aquela. E eu anunciado como “o novo Zé Ramalho” por alguns. Ora, nenhum artista que preze a própria persona artística deseja ser chamado de “o novo alguém”, seja esse alguém Zé Ramalho, Bob Dylan ou Tom Jobim. Óbvio que havia (e há) muitos pontos de contato entre as duas gerações, assim como entre a minha música e a do bardo paraibano, sobretudo, neste caso, o amor ao cordel e à musica folk. Mas a comparação advinha principalmente, desconfio eu, da semelhança, digamos, conceitual, que havia entre Heavy metal do senhor, música que abria o meu primeiro disco, e A peleja do diabo com o dono do céu, canção-título do segundo disco do Zé.

Portanto, era natural que eu pensasse duas vezes antes de aceitar o convite. A própria Monique Gardenberg, uma das curadoras do projeto - que viria a dirigir o DVD com pegada tão sombria quanto poética - hesitou depois de me lançar a oferta. Em longas conversas por telefone, divagamos sobre outros artistas cujas obras eu teria gosto de cortejar. Martinho da Vila, Sergio Sampaio, Luiz Melodia, Tom Zé e Jackson do Pandeiro foram alguns nomes que surgiram como possibilidade. Mas o germe do desafio já estava plantado em minha alma. Passei dias ouvindo e reouvindo a música ramalheana, redescobrindo velhas belezas, conhecendo outras que haviam me escapado. Passei a considerar a ideia novamente - 'Que belo tributo esse show poderia render!', pensava eu com meus bótons.

A audição dos seus primeiros discos me remeteu ao tempo em que eu começava a tocar um instrumento, e todo aquele repertório se reacendeu na minha memória como a chama de um fósforo: Chão de giz, Vila do sossego, Taxi boy, A terceira lâmina e tantas outras canções, algumas das quais ficariam de fora do repertório por critérios extramusicais, como Adeus segunda-feira cinzenta, Meninas de Albarã, Canção agalopada e Galope rasante, todas da lista das minhas prediletas. Num trabalho que pretendia ser tributo à obra de um compositor, eu tinha que pesar gosto pessoal com outros fatores, como a importância histórica e o alcance popular das canções, bem como o perigo da redundância. Não posso dizer que tenha sido fácil o processo, mas me rendeu muitas horas de prazer e deleite. Até o fim, ouvi novas obras-primas e redescobri pérolas esquecidas em lados B de velhos vinis. Foi assim que cheguei a esse repertório, que considero uma mostra generosa da música de Zé Ramalho, um artista / poeta inquietante e essencial."

Julia Bosco grava Chiara, Lacerda, Mombaça e Temporão no segundo álbum

♪ Ainda em processo de captação de recursos na plataforma de financiamento coletivo Embolacha, o segundo álbum de Julia Bosco vai se chamar Da boca pra dentro. No repertório do disco, que vai ser produzido pelo capixaba Juliano Rabujah, a cantora e compositora carioca dá voz a uma inédita parceria dos compositores César Lacerda e Fernando Temporão, Domingo, entre músicas de sua própria autoria como Dance com seu inimigo (Julia Bosco e Gustavo Macacko), Déjà vu (Julia Bosco e Juliano Rabujah), Pra gozar (Julia Bosco e Emerson Leal) e Quem me passa o coração? (Julia Bosco, Juliana Sinimbú e Marcela Bellas). O sucessor de Tempo (MCK / Tratore, 2012) traz também no repertório uma parceria de Mombaça com a cantora e compositora italiana Chiara Civello, It's wherever you go. Outra música é Volume (Ana Clara Horta, Gabriel Pondé, João Bernardo e Miguel Jorge). Sozinho, Juliano Rabujah assina Por que, doutor?. Clique aqui caso queira contribuir para a gravação e edição do segundo álbum de Julia Bosco pelo site  de financiamento coletivo Embolacha.

Eis a capa do álbum (de voz e violão) que Angela Maria vai lançar em agosto

Com capa clássica criada por Leandro Arraes a partir de foto de Jair de Assis, o álbum Angela à vontade em voz & violão - gravado pela cantora fluminense Angela Maria com o violonista Ronaldo Rayol - vai chegar ao mercado fonográfico em agosto de 2015 em edição da gravadora Nova Estação que vai ser distribuída pela Tratore. O disco foi produzido por Thiago Marques Luiz, diretor e dono da Nova Estação. Aos 86 anos, a Sapoti está iniciando turnê nacional para promover o disco.

Música feita por Tom Zé em 2014, durante greve da USP, é editada em single

Composta e gravada por Tom Zé em setembro de 2014, durante uma greve de funcionários da Universidade de São Paulo (USP), a música USP x Governo foi posta na web logo após o registro feito pelo cantor e compositor baiano em estúdio de São Paulo (SP). Contudo, dez meses após seu lançamento, USP x Governo ganha edição oficial em single, disponível para compra no iTunes e para audição nas plataformas de streaming desde anteontem, 24 de julho de 2015. O single USP x Governo está sendo editado em formato exclusivamente digital pela gravadora indie EAEO Records.

sábado, 25 de julho de 2015

Com músicas inéditas, Djavan grava seu 23º álbum para o mercado brasileiro

Três anos após lançar o CD Rua dos amores (Luanda Records / Universal Music, 2012), Djavan - em foto de Leo Aversa - finaliza no Rio de Janeiro (RJ) álbum de (12) músicas inéditas que vai ser posto nas lojas neste segundo semestre de 2015 em edição da Luanda Records distribuída pela Sony Music.  Trata-se do 23º disco gravado pelo cantor e compositor alagoano para o mercado brasileiro.

Nobre, Macalé dá moral aos amigos no seu primeiro registro ao vivo de show

Resenha de CD e DVD
Título: Jards Macalé ao vivo
Artista: Jards Macalé
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * 1/2

É justo que os nomes de Luiz Melodia, Thaís Gulin e Zeca Baleiro apareçam em relevo nas capas do CD e do DVD Jards Macalé ao vivo, lançados neste mês de julho de 2015 com distribuição da gravadora Som Livre. Nobre e benevolente, o cantor e compositor carioca abre generosos espaços para seus convidados neste seu primeiro registro audiovisual de show. Sim, embora o formato audiovisual venha imperando no mercado fonográfico brasileiro nos últimos 15 anos, Macalé nunca tinha lançado até então um DVD com a gravação de show - no caso, feita em 30 de abril de 2014 em apresentação do artista no imponente Theatro São Pedro, em Porto Alegre (RS). Já tinha DVD com documentário sobre Macalé e com making of de disco do artista. Mas Jards Macalé ao vivo oferece, pela primeira vez, a oportunidade de ver um show de Macalé em casa - o que por si só já agrega importância ao produto fonográfico. Por isso mesmo, o excesso de generosidade do anfitrião com seus convidados acaba sendo um fator negativo. Afinal, entre os 18 números do DVD, há solos vocais protagonizados pelos convidados. Que o cantor e compositor carioca Luiz Melodia sole Farrapo humano - música de seu autoria lançada por Macalé em 1972 - ainda vá lá. Mas qual o sentido do solo vocal de Melodia em Decisão (Luiz Melodia e Sergio Mello, 1987), música nunca associada à obra de Macalé? Seja como for, o número de maior interação entre Macalé e Melodia - cantores e compositores irmanados nos anos 1970 pela maldição que lhes foi jogada pela indústria do disco - é Negra melodia (Jards Macalé e Waly Salomão, 1977), um dos primeiros reggaes compostos no Brasil. Cantora curitibana que esboçou seguir trilha marginal em seu primeiro álbum, Thaís Gulin sola com propriedade duas músicas do repertório de Macalé, Hotel das estrelas (Jards Macalé e Duda, 1970) e o xote roqueiro Revendo amigos (Jards Macalé e Waly Salomão, 1977). Já Zeca Baleiro sola a balada bluesy Mal secreto (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971), canta seu hit inicial À flor da pele (Zeca Baleiro, 1997) - emendado com Vapor barato (Jards Macalé e Waly Salomão, 1971), música que Baleiro já citava em sua composição, na voz de Macalé - e cai com o anfitrião no samba (de breque) Na subida do morro (Geraldo Pereira, Moreira da Silva e Ribeiro Cunha, 1952), lançado pelo cantor carioca Moreira da Silva (1902 - 2000) e revivido por Macalé há 14 anos, em dueto com o próprio Baleiro, no álbum Macalé canta Moreira (Lua Music, 2001), dedicado ao repertório de Kid Morengueira. Em que pese a relevância dos convidados, o grande mérito do DVD - que exibe imagens captadas sob a direção da cineasta Rejane Zilles - é apresentar Macalé em ação. Na companhia da banda Let's Play That, batizada com o nome da música de 1972 que abre o roteiro, Macalé rebobina no toque de seu violão músicas como Farinha do desprezo (Jards Macalé e José Carlos Capinam, 1972). Com sua voz rouca, embebida em doses bem combinadas de melancolia e (fina) ironia, Macalé alcança grande momento como intérprete com a introspecção cool que pauta Dona do castelo (Jards Macalé e Waly Salomão, 1974), balada repleta de morbeza romântica conduzida pelo piano de Ricardo Rito e pontuada por intervenções do trompete de Leandro Joaquim. No fim, a leitura literal de Canalha (Walter Franco, 1980) - com Macalé de pé, lendo a letra da música do maldito Walter Franco regravada recentemente pelo grupo paulista Titãs no álbum Nheengatu (Som Livre, 2014) - injeta certa imprevisibilidade em show marcado por alguma linearidade, embora a pegada da banda Let's Play That nunca deixe o som desandar. No fim, os convidados amigos voltam para curtir e cantam o samba Coração do Brasil (Jards Macalé, 1998), resumido no DVD a um verso-refrão repetido exaustivamente. Mesmo quando não há muito o que dizer, Macalé dá o recado. E, para bom entendedor, basta um verso...

Ótimo álbum do Jota Quest ganha edição dupla em vinil preto de 140 gramas

Enquanto prepara disco de inéditas para lançar neste segundo semestre de 2015, o grupo mineiro Jota Quest tem seu melhor álbum editado no formato de vinil. Fabricada pela Polysom, a edição em vinil de Funky funky boom boom (Sony Music, 2013) é dupla e chega ao mercado fonográfico a partir de 31 de julho de 2015, ao preço de R$ 120. A capa dupla embala dois vinis de cor preta, de 140 gramas, cada um. Eis - na disposição do LP duplo - as 15 músicas de Funky funky boom boom:

LP 1
Lado A

1. Entre sem bater (Márcio Buzelin, Rogério Flausino, Marco A.S., Pedro Turra e Franklin Araújo)
2. Ela é do Rio (Márcio Buzelin, Rogério Flausino, Marco A.S, Pedro Turra, Play, Jerry Barnes, Pretinho da Serrinha e Leandro

      Fab)
3. Mandou bem (Gigi, Fábio O'Brian, Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho Fonseca, PJ, Rogério Flausino, Jerry Barnes e
      Nile Rodgers)
4. Um tempo de paz (Rogério Flausino)


Lado B
1. Pretty baby (Marco Túlio Lara, Rogério Flausino e Jerry Barnes)
2. Reggae town (Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho Fonseca, PJ e Rogério Flausino)
3. Waiting for you (Shine on, shine on) (Jerry Barnes, Quiana Space, Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho
       Fonseca, PJ e Rogério Flausino)

LP 2
Lado A

1. Jota Quest convidou (Rogério Flausino, Seu Jorge, Pretinho da Serrinha, Gabriel Moura e Leandro Fab)
2. É de coração (Xande de Pilares, Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho Fonseca, PJ, Rogério Flausino e Wilson Sideral)
3. Imperfeito (Rogério Flausino, Fernanda Mello e Nile Rodgers)
4. Dentro de um abraço (PJ, Rogério Flausino, Jerry Barnes e Martha Medeiros)


Lado B
1. Toxina voyeur (Márcio Buzelin, Rogério Flausino, Marco A.S, Pedro Turra e Play)
2. Sem mistério (Paulinho Fonseca, Rogério Flausino e Jerry Barnes)
3. Realinhar (China, Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho Fonseca, PJ e Rogério Flausino)
4. Waiting for you (Party on) (Jerry Barnes, Quiana Space, Márcio Buzelin, Marco Túlio Lara, Paulinho Fonseca, PJ
      e Rogério Flausino)

Músicas reunidas por Zé Pi em 'Rizar' estão à espera de (melhores) cantores

Resenha de CD
Título: Rizar
Artista: Zé Pi
Gravadora: YB Music
Cotação: * * 1/2

Artista paulista egresso de grupos como Druques, Zé Pi é melhor compositor do que cantor. Essa superioridade de um ofício em relação ao outro é nítida em Rizar e prejudica o primeiro álbum solo de Pi. A sensação deixada por Rizar é que as nove canções autorais estão à espera de uma voz menos opaca para terem realçados o brilho que, em maior ou menor grau, reside nelas. Não é uma questão de potência ou extensão vocal. Nara Leão (1942 - 1989) tinha um fio de voz e nem por isso deixou de ser uma cantora relevante. Ao compor essas nove canções, Pi imprimiu nelas uma gama de emoções e sentimentos - brotados de relacionamentos afetivos - que seu canto jamais expressa a contento. Até Tulipa Ruiz - grande cantora que vive momento de auge vocal - está apagada na reinvenção cool de Depois (Zé Pi e Guilherme Calzavara, 2006), música do repertório da Druques que abriu o álbum lançado pela banda paulista há nove anos, Druques (Independente, 2006). E por falar em Tulipa, Gustavo Ruiz - irmão e produtor dos discos da cantora - é o piloto de Rizar, álbum cujo processo de formatação começou em janeiro de 2014 quando Pi e Gustavo foram com a banda-base - formada por André Lima (teclados  sintetizadores), Meno Del Picchia (baixo), Richard Ribeiro (bateria e percussão) e o próprio Zé Pi nas guitarras - para sítio situado perto de Bragança Paulista, cidade onde Pi nasceu. Finda a criação dos arranjos, a gravação foi feita efetivamente no estúdio El Rocha, um dos QGs da cena indie da cidade de São Paulo (SP). A produção não é econômica. Há quartetos de cordas em canções como Fique à vontade (Zé Pi) e Bem melhor do que está (Zé Pi), músicas que exemplificam o dom de Pi para a composição. Há também inserções eventuais de metais em músicas como Muito tempo (Zé Pi), cujo arranjo - formatado com os metais da Trupe Chá de Boldo -  evoca de longe o universo do som black norte-americano sem deixar de evidenciar a pegada pop da canção. Sim, por mais que o solo de guitarra de Luiz Chagas esboce uma atmosfera roqueira em Se você soubesse (Zé Pi), Rizar é disco de repertório criado com vocação explicitamente pop, como reiteram Acredito (Zé Pi), de delicioso sabor retrô, e Anoiteceu (Zé Pi, Maurício Fleury e Leo Cavalcanti), música da safra autoral de 2008.  Ainda que a introdução de Dor e solidão (Zé Pi) remeta de imediato à arquitetura das canções do grupo carioca Los Hermanos, referência para toda a geração que veio depois, Zé Pi brilha como compositor em Rizar, deixando a desejar como cantor.  Sua obra pede outras vozes...

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Letuce lança terceiro álbum, 'Estilhaça', já disponível para download gratuito

Com capa que expõe arte de Elisa Rimer, criada a partir de foto de Ana Alexandrino, o terceiro álbum do Letuce, Estilhaça, foi lançado hoje, 24 de julho de 2015, nas plataformas digitais em edição do selo YB Music distribuída na web pela ONErpm. O disco já está disponível para download gratuito mediante o fornecimento de um endereço de e-mail (clique aqui para baixar Estilhaça). Duo carioca formado por Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos, Letuce alinha 11 músicas no disco gravado no estúdio da YB Music, em São Paulo (SP), com produção de João Brasil. A mixagem foi feita por Renato Godoy. Uma das músicas, Lugar para dois, já havia sido previamente apresentada na internet neste mês de julho.  Eis, na ordem do disco, as 11 músicas do autoral álbum Estilhaça:

1. Quero trabalhar com vidro
2. Lugar para dois
3. Love is magic
4. Todos os lugares do mundo
5. Muita cara
6. Muralha da China
7. Aristóteles laugh
8. Animadinha
9. Arca de Noé
10. Mergulhei de máscara
11. Todos querem amar

Eis as 14 músicas do disco em que Ana Cañas abre parceria com Pedro Luís

♪ Disponível para audição com exclusividade na plataforma Deezer a partir de hoje, 24 de julho de 2015, o quinto álbum de Ana Cañas, Tô na vida (Guela Records / Slap), alinha 14 músicas em seu repertório inteiramente autoral. Aliás, o quarto álbum de estúdio da cantora e compositora paulistana é seu primeiro álbum totalmente autoral. No disco, Cañas abre parceria com o cantor e compositor carioca Pedro Luís - parceiro da artista e do produtor do disco, Lúcio Maia, em O som do osso - e expande suas conexões com Arnaldo Antunes e Dadi, presentes desde o segundo álbum de Cañas, Hein? (Sony Music, 2009). Eis, na ordem do disco, as 14 músicas de Tô na vida, álbum cuja edição física em CD vai chegar efetivamente às lojas em agosto de 2015  via Slap / Som Livre:

1. Existe (Ana Cañas)
2. Tô na vida (Ana Cañas, Arnaldo Antunes e Lúcio Maia)
3. Hoje nunca mais (Ana Cañas e Dadi)
4. O som do osso (Ana Cañas, Lúcio Maia e Pedro Luís)
5. Indivisível (Ana Cañas)
6. Coisa Deus (Ana Cañas)
7. Bandido (Ana Cañas)
8. Feita de fim (Ana Cañas)
9. Um dois um só (Ana Cañas e Arnaldo Antunes)
10. Amor e dor (Ana Cañas)
11. Mulher (Ana Cañas)
12. Pra machucar (Ana Cañas)
13. Madrugada quer você (Ana Cañas, Arnaldo Antunes e Lúcio Maia)
14. O amor venceu (Ana Cañas) - Faixa-bônus

Roberta Sá apresenta 'Delírio' em setembro com a distribuição da Som Livre

Delírio é o título do sexto álbum oficial da cantora potiguar Roberta Sá (em foto de Daryan Dornelles). O lançamento está confirmado para setembro de 2015 em edição do selo MP,B Discos distribuída pela gravadora Som Livre. Clique aqui para conhecer seis das 11 músicas reunidas no CD.

Eis as músicas (e os intérpretes) do 'Sambabook' dedicado a Dona Ivone Lara

Nas lojas em agosto de 2015, nos formatos de CD duplo, DVD e em edição tripla (capa à esquerda) que junta DVD com os dois CDs, o Sambabook Dona Ivone Lara alinha 26 números gravados em novembro de 2014, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ). Na quarta edição do projeto Sambabook, um time de intérpretes - que mistura nomes do samba, MPB e até do rap - regrava as músicas mais expressivas do cancioneiro da compositora carioca Ivone Lara. Esse time estelar inclui Adriana Calcanhotto, Caetano Veloso, Criolo, Diogo Nogueira, Elba Ramalho, Leci Brandão, Maria Bethânia, Mariene de Castro, Martinho da Vila, Teresa Cristina, Vanessa da Mata e Zeca Pagodinho, entre outros nomes. Eis, na ordem do DVD e na disposição dos CDs, as músicas e intérpretes reunidos no Sambabook Ivone Lara:

DVD
1. Sonho meu (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - Maria Bethânia
2. Andei para curimá (Ivone Lara, 1974) - Martinho da Vila
3. Alguém me avisou (Ivone Lara, 1980) - Caetano Veloso
4. Tiê (Ivone Lara, Mestre Fuleiro e Tio Hélio, 1934 / 1974) - Criolo
5. Agradeço a Deus (Ivone Lara e Mano Décio da Viola, 1970) - Teresa Cristina
6. Amor relativo (Ivone Lara, Diogo Nogueira, Bruno Castro e André Lara, 2015)
    - Diogo Nogueira 
7. Nasci pra sonhar e cantar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1982)
    - Carminho e Hamilton de Holanda
8. Mas quem disse que eu te esqueço? (Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho, 1981) 
    - Luiza Dionísio
9. Preá comeu (Ivone Lara, 1982) - Fundo de Quintal
10. Tendência (Ivone Lara e Jorge Aragão, 1981) - Zélia Duncan
11. Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976) - Vanessa da Mata
12. Minha verdade (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976) - Zeca Pagodinho
13. Liberdade (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1977) - Xande de Pilares
14. Não chora neném (Ivone Lara, 1979) - Aline Calixto
15. Sereia Guiomar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1980) - Elba Ramalho
16. Em cada canto uma esperança (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - Bruno Castro
17. Dizer não pro adeus (Ivone Lara, Luiz Carlos da Vila e Bruno Castro, 2005) - Reinaldo
18. Força da imaginação (Ivone Lara e Caetano Veloso, 1982) - Arlindo Cruz
19. Bodas de ouro (Ivone Lara e Paulo César Pinheiro, 1997) - Lu Carvalho
20. Candeeiro da vovó (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1996) - Adriana Calcanhotto
21. Enredo do meu samba (Ivone Lara e Jorge Aragão, 1984) - Leci Brandão
22. Alvorecer (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1974) - Áurea Martins
23. Sorriso de criança (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1979) - Mariene de Castro
24. Os cinco bailes da história do Rio (Ivone Lara, Silas de Oliveira e Bacalhau, 1965)
      - Wilson das Neves
25. Sonho meu (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - todos os convidados
26. Axé de Ianga (Pai maior) (Ivone Lara, 1980) - Jongo da Serrinha

CD 1
1. Sonho meu (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - Maria Bethânia
2. Minha verdade (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976) - Zeca Pagodinho
3. Nasci pra sonhar e cantar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1982)
    - Carminho e Hamilton de Holanda
4. Agradeço a Deus (Ivone Lara e Mano Décio da Viola, 1970) - Teresa Cristina
5. Mas quem disse que eu te esqueço? (Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho, 1981)
    - Luiza Dionísio
6. Acreditar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1976) - Vanessa da Mata
7. Tiê (Ivone Lara, Mestre Fuleiro e Tio Hélio, 1974) - Criolo
8. Não chora neném (Ivone Lara, 1979) - Aline Calixto
9. Em cada canto uma esperança (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - Bruno Castro
10. Candeeiro da vovó (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1996) - Adriana Calcanhotto
11. Enredo do meu samba (Ivone Lara e Jorge Aragão, 1984) - Leci Brandão
12. Sorriso de criança (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1979) - Mariene de Castro
13. Axé de Ianga (Pai maior) (Ivone Lara, 1980) - Jongo da Serrinha

CD 2
1. Alguém me avisou (Ivone Lara, 1980) - Caetano Veloso
2. Andei para curimá (Ivone Lara, 1974) - Martinho da Vila
3. Amor relativo (Ivone Lara e André Lara, 2015) - Diogo Nogueira
4. Preá comeu (Ivone Lara, 1982) - Fundo de Quintal
5. Tendência (Ivone Lara e Jorge Aragão, 1981) - Zélia Duncan
6. Liberdade (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1977) - Xande de Pilares
7. Sereia Guiomar (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1980) - Elba Ramalho
8. Dizer não pro adeus (Ivone Lara, Luiz Carlos da Vila e Bruno Castro, 2005) - Reinaldo
9. Bodas de ouro (Ivone Lara e Paulo César Pinheiro, 1997) - Lu Carvalho
10. Força da imaginação (Ivone Lara e Caetano Veloso, 1982) - Arlindo Cruz
11. Alvorecer (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1974) - Áurea Martins
12. Os cinco bailes da história do Rio (Ivone Lara, Silas de Oliveira e Bacalhau, 1965)
      - Wilson das Neves
13. Sonho meu (Ivone Lara e Délcio Carvalho, 1978) - todos os convidados