quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Juçara e Cadu reprocessam vissungos e cantos dos congados em 'Anganga'

Com capa criada pelo produtor e músico carioca Márcio Bulk, o disco Anganga vai ser lançado em outubro de 2015 com a reunião - promovida por Bulk - da cantora paulistana Juçara Marçal com o artista carioca Cadu Tenório. Editado através de parceria do selo independente QTV com a revista virtual Banda Desenhada, Anganga apresenta registros de tom contemporâneo de vissungos e cantos dos congados de Minas Gerais. Os vissungos - cantos de trabalho dos escravos mineiros - foram recolhidos nos anos 1920 pelo filólogo e linguista mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909 - 1985) em São João da Chapada, município de Diamantina (MG). Os quatro vissungos reavivados por Juçara e Cadu no disco já tinham ganhado registro no álbum O canto dos escravos (Eldorado, 1982), interpretados por Clementina de Jesus (1901 - 1987), Geraldo Filme (1928 - 1995) e Tia Doca (1932 - 2009). O disco Anganga foi batizado com o nome do Deus supremo do povo banto, Anganga Nzambi. De acordo com o texto que apresenta o disco, a intenção de Anganga é "reinterpretar os vissungos com o uso de sonoridades abstratas provenientes da música de ruídos (noise), do drone, da música eletrônica, das gravações de campo (field recordings), dos loops de fita (tape loops), dos instrumentos e objetos processados da música concreta e das harmonias provenientes dos sintetizadores". Aos quatro vissungos e aos três cantos dos congados mineiros que formam o repertório do afro Anganga, foram adicionados temas instrumentais compostos por Cadu Tenório ao longo do processo de criação do álbum e gravados com as vocalizações de Juçara Marçal.

4 comentários:

  1. ♪ Com capa criada pelo produtor e músico carioca Márcio Bulk, o disco Anganga vai ser lançado em outubro de 2015 com a reunião - promovida por Bulk - da cantora paulistana Juçara Marçal com o artista carioca Cadu Tenório. Editado através de parceria do selo independente QTV com a revista virtual Banda Desenhada, Anganga apresenta registros de tom contemporâneo de vissungos e cantos dos congados de Minas Gerais. Os vissungos - cantos de trabalho dos escravos mineiros - foram recolhidos nos anos 1920 pelo filólogo e linguista mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909 - 1985) em São João da Chapada, município de Diamantina (MG). Os quatro vissungos reavivados por Juçara e Cadu no disco já tinham ganhado registro no álbum O canto dos escravos (Eldorado, 1982), interpretados por Clementina de Jesus (1901 - 1987), Geraldo Filme (1928 - 1995) e Tia Doca (1932 - 2009). O disco Anganga foi batizado com o nome do Deus supremo do povo banto, Anganga Nzambi. De acordo com o texto que apresenta o disco, a intenção de Anganga é "reinterpretar os vissungos com o uso de sonoridades abstratas provenientes da música de ruídos (noise), do drone, da música eletrônica, das gravações de campo (field recordings), dos loops de fita (tape loops), dos instrumentos e objetos processados da música concreta e das harmonias provenientes dos sintetizadores". Aos quatro vissungos e aos três cantos dos congados mineiros que formam o repertório do afro Anganga, foram adicionados temas instrumentais compostos por Cadu Tenório ao longo do processo de criação do álbum e gravados com as vocalizações de Juçara Marçal.

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  2. Por ora, a edição é somente digital, Edu M. Abs, MauroF

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