É sintomático que a primeira gravação fonográfica de Márcio Augusto Antonucci (23 de agosto de 1945 - 20 de janeiro de 2014) tenha sido feita, há 50 anos, para disco coletivo intitulado Reino na juventude (Continental, 1964). A música, Tonight, era de autoria de Antonucci. Naquele ano de 1964, o cantor, compositor e produtor musical paulista acabara de formar com o irmão Ronaldo Luís Antonucci a dupla Os Vips. Pois foi nesse reino da juventude - amplificado a partir de 1965 pelo advento da Jovem Guarda - que Márcio Antonucci viveu seu auge artístico e pelo qual está sendo lembrado ao sair hoje de cena, aos 68 anos, vítima de complicações decorrentes de infecção pulmonar diagnosticada há três dias. Antonucci sai de cena em hospital de Angra dos Reis, cidade do Estado do Rio de Janeiro aonde morava. Após a Jovem Guarda, Antonucci viveu - como a grande maioria dos coadjuvantes do movimento pop orquestrado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa - da nostalgia de quem viveu as jovens tardes de domingo e de quem, mesmo tendo nascido depois de 1965, passou a gostar do repertório simples e ingênuo da turma papo firme. O artista atuou também como diretor musical de programas de TV, tendo trabalhado na Rede Globo. Na Record, chegou a ocupar o cargo de diretor musical da emissora. Contudo, o público o conhece mesmo como a metade d'Os Vips, dupla que lançou o primeiro compacto em 1965 e que teve a primazia de lançar músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos como Emoção (1965), A volta (1966) - sucesso editado em compacto de fevereiro de 1966 - e Faça alguma coisa pelo nosso amor (1967). Composição assinada somente por Roberto Carlos, Largo tudo e venho te buscar (1968) reiterou o apego d'Os Vips ao cancioneiro do Rei da Juventude. Embora conhecida na voz de Roberto por conta da gravação de 1974, a canção É preciso saber viver (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) também reforço o laço, tendo sido lançada - em compacto editado pela gravadora CBS em dezembro de 1968 - nas vozes de Márcio e Ronald Antonucci. Mesmo após o fim da Jovem Guarda, Roberto e Erasmo continuaram fornecendo repertório para Os Vips, que deram vozes a Que bobo fui (1969) e Não adianta ficar me esperando (1970). A partir dos anos 1970, a dupla foi desativada. Mas voltou à cena na década de 1990 com shows e discos calcados na nostalgia da música daquele reino da juventude no qual Márcio Antonucci foi Vip.
É sintomático que a primeira gravação fonográfica de Márcio Augusto Antonucci (23 de agosto de 1945 - 20 de janeiro de 2014) tenha sido feita, há 50 anos, para disco coletivo intitulado Reino na juventude (Continental, 1964). A música, Tonight, era de autoria de Antonucci. Naquele ano de 1964, o cantor, compositor e produtor musical paulista acabara de formar com o irmão Ronaldo Luís Antonucci a dupla Os Vips. Pois foi nesse reino da juventude - amplificado a partir de 1965 pelo advento da Jovem Guarda - que Márcio Antonucci viveu seu auge artístico e pelo qual está sendo lembrado ao sair hoje de cena, aos 68 anos, vítima de complicações decorrentes de infecção pulmonar diagnosticada há três dias. Antonucci sai de cena em hospital de Angra dos Reis, cidade do Estado do Rio de Janeiro aonde morava. Após a Jovem Guarda, Antonucci viveu - como a grande maioria dos coadjuvantes do movimento pop orquestrado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa - da nostalgia de quem viveu as jovens tardes de domingo e de quem, mesmo tendo nascido depois de 1965, passou a gostar do repertório simples e ingênuo da turma papo firme. O artista atuou também como diretor musical de programas de TV, tendo trabalhado na Rede Globo. Na Record, chegou a ocupar o cargo de diretor musical da emissora. Contudo, o público o conhece mesmo como a metade d'Os Vips, dupla que lançou o primeiro compacto em 1965 e que teve a primazia de lançar músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos como Emoção (1965), A volta (1966) - sucesso editado em compacto de fevereiro de 1966 - e Faça alguma coisa pelo nosso amor (1967). Composição assinada somente por Roberto Carlos, Largo tudo e venho te buscar (1968) reiterou o apego d'Os Vips ao cancioneiro do Rei da Juventude. Embora conhecida na voz de Roberto por conta da gravação de 1974, a canção É preciso saber viver (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) também reforço o laço, tendo sido lançada - em compacto editado pela gravadora CBS em dezembro de 1968 - nas vozes de Márcio e Ronald Antonucci. Mesmo após o fim da Jovem Guarda, Roberto e Erasmo continuaram fornecendo repertório para Os Vips, que deram vozes a Que bobo fui (1969) e Não adianta ficar me esperando (1970). A partir dos anos 1970, a dupla foi desativada. Mas voltou à cena na década de 1990 com shows e discos calcados na nostalgia da música daquele reino da juventude no qual Márcio Antonucci foi Vip.
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