sábado, 13 de julho de 2013

Maglore expõe urbanidade pop nagô no segundo álbum, 'Vamos pra rua'

Resenha de CD
Título: Vamos pra rua
Artista: Maglore
Gravadora: Edição independente do artista
Cotação: * * *

Sucessor do EP Cores do vento (2009) e do álbum Veroz (2011), o terceiro disco da banda baiana Maglore, Vamos pra rua, não poderia ter título mais oportuno diante do momento sócio-político do Brasil, marcado por protestos e manifestações populares. Formado em Salvador (BA) em 2009 por Teago Oliveira (voz e guitarra), Carlos Nery (baixo), Felipe Dieder (bateria) e Leo Brandão (teclados e guitarra), o quarteto expõe neste segundo álbum uma urbanidade nagô que se equilibra entre o pop (como em Avenida Sete, música de Marceleza de Castilho que mapeia trajeto afetivo da capital da Bahia), o rock (mais pela atitude do que pelo som em si, embora o gênero ecoe em faixas como Espelho de banheiro, uma das nove músicas assinadas por Teago Oliveira no CD de 11 faixas) e a MPB, presente no DNA de músicas como a balada Motor, composta por Teago sob ótica feminina. Música que abre Vamos pra ruaDemais, baby! (Teago Oliveira) se destaca no bom repertório do CD independente com letra que cita nominalmente o cantor, compositor e percussionista baiano Carlinhos Brown, convidado da faixa seguinte, Quero agorá (Teago Oliveira), tema pontuado por suingue e por certo tédio cotidiano, denunciado em versos como "Jornais eletrônicos tiraram a graça de ler no domingo / E a velocidade impede de sentir saudade de você". A sedutora música-título Vamos pra rua, Beleza de você e Beagá - outras três composições da lavra de Teago Oliveira - corroboram a fluência pop do som da Maglore e ressaltam o espírito urbano do CD produzido pelo grupo com Tadeu Mascarenhas. Catarinense radicado em Maceió (AL), Wado participa de Nunca mais vou trabalhar (Teago Oliveira) sem dizer a que veio. Debaixo de chuva (Rodrigo Danati, Carlos Nery e Teago Oliveira) esboça clima típico da estação outono-inverno enquanto a canção Sobre tudo o que diz adeus (Teago Oliveira) arrola dúvidas existenciais em tom que roça o épico, fechando o CD Vamos pra rua com a certeza de que a Maglore tem o que dizer.

5 comentários:

  1. Sucessor do EP Cores do vento (2009) e do álbum Veroz (2011), o terceiro disco da banda baiana Maglore, Vamos pra rua, não poderia ter título mais oportuno diante do momento sócio-político do Brasil, marcado por protestos e manifestações populares. Formado em Salvador (BA) em 2009 por Teago Oliveira (voz e guitarra), Carlos Nery (baixo), Felipe Dieder (bateria) e Leo Brandão (teclados e guitarra), o quarteto expõe neste segundo álbum uma urbanidade nagô que se equilibra entre o pop (como em Avenida Sete, música de Marceleza de Castilho que mapeia trajeto afetivo da capital da Bahia), o rock (mais pela atitude do que pelo som em si, embora o gênero ecoe em faixas como Espelho de banheiro, uma das nove músicas assinadas por Teago Oliveira no CD de 11 faixas) e a MPB, presente no DNA de músicas como a balada Motor, composta por Teago sob ótica feminina. Música que abre Vamos pra rua, Demais, baby! (Teago Oliveira) se destaca no bom repertório do CD independente com letra que cita nominalmente o cantor, compositor e percussionista baiano Carlinhos Brown, convidado da faixa seguinte, Quero agorá (Teago Oliveira), tema pontuado por suingue e por certo tédio cotidiano, denunciado em versos como "Jornais eletrônicos tiraram a graça de ler no domingo / E a velocidade impede de sentir saudade de você". A sedutora música-título Vamos pra rua, Beleza de você e Beagá - outras três composições da lavra de Teago Oliveira - corroboram a fluência pop do som da Maglore e ressaltam o espírito urbano do CD produzido pelo grupo com Tadeu Mascarenhas. Catarinense radicado em Maceió (AL), Wado participa de Nunca mais vou trabalhar (Teago Oliveira) sem dizer a que veio. Debaixo de chuva (Rodrigo Danati, Carlos Nery e Teago Oliveira) esboça clima típico da estação outono-inverno enquanto a canção Sobre tudo o que diz adeus (Teago Oliveira) arrola dúvidas existenciais em tom que roça o épico, fechando o CD Vamos pra rua com a certeza de que a Maglore tem o que dizer.

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  2. Maglore desde o veroz vem fazendo pop de muito boa qualidade.

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  3. Desde o veroz que maglore tem feito pop de excelente qualidade.

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  4. Com certeza esse cd é mais urbano, que o voraz e também é mais soteropolitano. Vale ressaltar que o cd Vamos pra Rua foi lançado 1 mês e meio antes das manifestações.

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  5. O som, de alguma forma, me lembra o Los Hermanos. Pop gostoso de ouvir.

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