quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Womack se renova e revigora com bravura em CD produzido por Albarn

Resenha de CD
Título: The Bravest Man In The Universe
Artista: Bobby Womack
Gravadora: XL Recordings / Lab 344
Cotação: * * * *

Há dois anos, o Gorillaz surpreendeu o universo pop ao apresentar Bobby Womack entre os convidados de seu álbum Plastic Beach (2010). A conexão do grupo virtual britânico com o cantor norte-americano - ícone do soul e do r & b de outra era musical, projetado na década de 70 ao emplacar músicas como That's the Way I Feel About Cha nas paradas segmentadas do r & b - rendeu o primeiro álbum de Womack em 12 anos. Sucessor do Christmas Album (2000), The Bravest Man In The Universe aclimata por vezes o soul de Womack no ambiente do trip-hop e se revela grande disco em que o artista expia erros e reflete sobre os efeitos devastadores do tempo sob a produção capitaneada por Damon Albarn (um dos mentores do Gorillaz) com Richard Russell, executivo da XL Recordings. Albarn e Russell conseguiram a proeza de injetar certa modernidade no som do cantor - perceptível na textura eletrônica de faixas como Nothin' Can Sve YaWhatever Happened To The Times -  sem deixar escapar a alma de Womack. De todo modo, The Bravest Man In The Universe está longe de reeditar o som do soulman  nos seu áureos anos 70. Neste disco em que Womack parece fazer inventário emocional de vida regada a drogas e desajustes em faixas como Please Forgive My Heart, a rústica Deep River roça o estilo mais clássico de Womack e, justiça seja feita, o canto esmaecido de Lana Del Rey cai bem em Dayglob Reflection. Aos 68 anos, há 18 sem lançar álbum de repertório inédito (o último, Ressurection, é de 1994), Bobby Womack se renova e se revigora com bravura, ainda a tempo de se fazer ouvir pelas novas gerações. Bravo, man!!!

4 comentários:

  1. Há dois anos, o Gorillaz surpreendeu o universo pop ao apresentar Bobby Womack entre os convidados de seu álbum Plastic Beach (2010). A conexão do grupo virtual britânico com o cantor norte-americano - ícone do soul e do r & b de outra era musical, projetado na década de 70 ao emplacar músicas como That's the Way I Feel About Cha nas paradas segmentadas do r & b - rendeu o primeiro álbum de Womack em 12 anos. Sucessor do Christmas Album (2000), The Bravest Man In The Universe aclimata por vezes o soul de Womack no ambiente do trip-hop e se revela grande disco em que o artista expia erros e reflete sobre os efeitos devastadores do tempo sob a produção capitaneada por Damon Albarn (um dos mentores do Gorillaz) com Richard Russell, executivo da XL Recordings. Albarn e Russell conseguiram a proeza de injetar certa modernidade no som do cantor - perceptível na textura eletrônica de faixas como Nothin' Can Sve Ya e Whatever Happened To The Times - sem deixar escapar a alma de Womack. De todo modo, The Bravest Man In The Universe está longe de reeditar o som do soulman nos seu áureos anos 70. Neste disco em que Womack parece fazer inventário emocional de vida regada a drogas e desajustes em faixas como Please Forgive My Heart, a rústica Deep River roça o estilo mais clássico de Womack e, justiça seja feita, o canto esmaecido de Lana Del Rey cai bem em Dayglob Reflection. Aos 68 anos, há 18 sem lançar álbum de repertório inédito (o último, Ressurection, é de 1994), Bobby Womack se renova e se revigora com bravura, ainda a tempo de se fazer ouvir pelas novas gerações. Bravo, man!!!

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  2. desculpe a ignorância mas nunca ouvi falar desse cara, ícone do soul pra mim é Sam Cooke, Marvin Gaye...

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  3. Perdoai-os,pai!...Àqueles que só ouviram falar de Sam Cooke e Marvin Gaye (E muitas vezes nem OUVIRAM esses ícones...). Há muito tempo não ouvia (falar de ) Womack. Bem-Vindo de volta aos nossos ouvidos!!

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  4. Santa ignorância, Batman!!! O soul não é restrito somente a Marvin Gaye e Sam Cooke. Womack é um grande cantor de soul, canta com a alma (soul) mesmo. A gente só tem a lamentar quem tem pouca cultura e total falta de interesse em conhecer melhor os artistas.

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