quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desigual, 'Mylo Xyloto' sedimenta a grandeza pop adquirida pelo Coldplay

Resenha de CD
Título: Mylo Xyloto
Artista: Coldplay
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * *

Basta ouvir a empolgante Paradise - melhor faixa do quinto álbum de estúdio do Coldplay, Mylo Xyloto -para perceber que o grupo de Chris Martin abraçou definitivamente a grandeza pop observada em seu épico álbum anterior, Viva la Vida or Death and All His Friends (2008). Nenhum problema nisso se o repertório de Mylo Xyloto tivesse músicas da mesma alta qualidade de Paradise ou mesmo de Hurts Like Heaven e Every Teardrop Is a Waterfall, outros dois destaques da safra de inéditas. Mas não é o que comprovam sucessivas audições do disco. Mylo Xyloto tem ótimos momentos, mas, no todo, é desigual. Em sua segunda metade, o CD resulta bem menos sedutor por conta de temas como Up in Flames, abaixo do padrão do Coldplay. A pegada de Major Minus e a participação de Rihanna em Princess of China não deixam dúvidas de que o som da banda britânica acena para a grandiosidade das arenas e dos estádios (tendência confirmada no belo e colorido show apresentado pelo grupo no Rock in Rio 2011). Mesmo que uma outra faixa como Us Against World - balada timbrada nos violões - remete à melancolia de tempos idos, o Coldply de Mylo Xyloto definitivamente não é o mesmo de álbuns mais introspectivos como A Rush of Blood to the Head (2002). A questão a observar é se, com o passar do tempo, Chris Martin e Cia. vão se jogar na vala comum do universo pop.

5 comentários:

  1. Basta ouvir a empolgante Paradise - melhor faixa do quinto álbum de estúdio do Coldplay, Mylo Xyloto -para perceber que o grupo de Chris Martin abraçou definitivamente a grandeza pop observada em seu épico álbum anterior, Viva la Vida or Death and All His Friends (2008). Nenhum problema nisso se o repertório de Mylo Xyloto tivesse músicas da mesma alta qualidade de Paradise ou mesmo de Hurts Like Heaven e Every Teardrop Is a Waterfall, outros dois destaques da safra de inéditas. Mas não é o que comprovam sucessivas audições do disco. Mylo Xyloto tem ótimos momentos, mas, no todo, é desigual. Em sua segunda metade, o CD resulta bem menos sedutor por conta de temas como Up in Flames, abaixo do padrão do Coldplay. A pegada de Major Minus e a participação de Rihanna em Princess of China não deixam dúvidas de que o som da banda britânica acena para a grandiosidade das arenas e dos estádios (tendência confirmada no belo e colorido show apresentado pelo grupo no Rock in Rio 2011). Mesmo que uma outra faixa como Us Against World - balada timbrada nos violões - remete à melancolia de tempos idos, o Coldply de Mylo Xyloto definitivamente não é o mesmo de álbuns mais introspectivos como A Rush of Blood to the Head (2002). A questão a observar é se, com o passar do tempo, Chris Martin e Cia. vão se jogar na vala comum do universo pop.

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  2. Quem falou que dar uma volta no mundo pop é o fim do mundo? Melhor que se manter Cool a vida toda e encher a paciência de tudo e todos com o mesmo lenga lenga de sempre.

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  3. Prefiro o Coldplay monocromático de tempos atrás. Me parece que o rock alternativo parou em X&Y. Para mim a melhor faixa é Major Minus; tem lá um guitarra meio The Edge. Espero que a banda abandone Brian Eno no próximo trabalho. Já deu...

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  4. Eu gosto do Coldplay pop e gosto do introspectivo. É fato que este disco trás a lembrança mais de U2 (influencia obvia neste novo disco) do que Radiohead (que também é obvia influência, porem mais dos primeiros trabalhos.

    Mas Mauro, se não for puro marketing, a banda já deu a intender que este seria o último trabalho da banda, então ela não deve entrar em nenhuma vala. Estranho já que parece terem determinado um curso neste momento.

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  5. Um dos melhores de Pop Art da atualidade, com certeza!!!!!

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