terça-feira, 15 de novembro de 2011

Beth faz exaltação ao samba em disco que irmana jovem e velha guarda

Resenha de CD
Título: Nosso Samba Tá na Rua
Artista: Beth Carvalho
Gravadora: Andança / EMI Music
Cotação: * * * * 1/2

Quinze anos separam o último disco de inéditas de Beth Carvalho, Brasileira da Gema (1996), de Nosso Samba Tá na Rua, o álbum que chega esta semana às lojas em edição do selo da cantora, Andança, distribuída via EMI Music. Nesses 15 anos, o samba renovou seu público e seus compositores. Celebração desse próprio samba (explicitada já na empolgante faixa que batiza e abre o CD, Nosso Samba Tá na Rua, da lavra de Roberto Lopes, Canário, Alamir e Nilo Penetra), o álbum capta essa renovação ao irmanar na ficha técnica a velha guarda do Cacique de Ramos - Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz - com a turma jovem que vem abrindo alas nos quintais, terreiros e casas dedicadas ao gênero. Partido alto de Luana Carvalho (filha de Beth) e Dayse do Banjo, Arrasta a Sandália é cantado pela sambista em dueto com Zeca Pagodinho, para quem Beth abriu alas em disco de 1983. Nosso Samba Tá na Rua marca o feliz reencontro de Beth com o produtor Rildo Hora, piloto dos títulos comercialmente mais bem-sucedidos da discografia referencial da cantora. A produção e os arranjos de Rildo e do maestro Ivan Paulo conectam o disco ao som do passado glorioso de Beth. Ao dar voz a compositores em ascensão do mundo do samba, a cantora enquadra os jovens autores dentro dos padrões do pagode cultivado entre as tamarineiras da quadra do lendário Cacique de Ramos, bloco do Carnaval do Rio de Janeiro (RJ) que renovou o samba na segunda metade dos anos 70 - através dos discos da própria Beth - e botou muita gente boa na rua. Parceiro de Adalto Magalha e Daniel Oliveira no ressonante Tambor, samba com toque de caxambú que faz ecoar a negritude dos seminais terreiros, Almir Guineto é um desses bambas que germinaram na leva do Cacique. É sintomático que Almir apareça na capa do disco ao lado de Luana Carvalho (e o alto quilate do partido de Luana e Dayse do Banjo dissipa qualquer desconfiança de nepotismo na seleção do repertório), pois Nosso Samba Tá na Rua integra gerações. Um samba como Chega, de Leandro Fregonesi e Rafael dos Santos, talvez soasse menos interessante num CD de Diogo Nogueira, cantor que costuma dar voz aos dois compositores. Mas, no disco de Beth Carvalho, Chega - um samba cheio de atitude na abordagem da desilusão amorosa - ganha força ao ser filtrado pela estética do Cacique de Ramos. Com a mesma atitude de ChegaColabora (Serginho Meriti) e o menos inspirado Se Vira (Arlindo Cruz e Marquinhos PQD) reiteram que Beth repõe seu samba na rua sem chororô romântico. O naipe de sambas românticos atinge o ápice da amargura em Palavras Malditas, pérola rara da obra de Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) com Guilherme de Brito (1922 - 2006), até então gravada somente uma única vez, em 1957, pelo cantor Ari Cordovil (1923 - 1981). O arranjo de Rildo Hora evoca o som de um tango no início e no fim para sublinhar a dramaticidade típica da obra dos compositores. Se Samba Mestiço (Ciraninho, Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi) celebra a origem negra do ritmo-síntese da mistura brasileira, Negro Sim Sinhô (Efson, Marquinho PQD e Franco) pisa mais fundo no terreiro para mostra que a negritude mestiça do samba está tanto no canto da Mangueira - celebrada em Verde e Rosa de Paixão (Claudinho Guimarães) - quanto no axé de Salvador (BA). Disco feliz pela própria natureza de marcar a volta de Beth Carvalho à cena após hiato forçado por problemas de saúde, Nosso Samba Tá na Rua festeja a chegada sempre renovadora do amor em Isso Acontece - samba melodioso de Wanderley Monteiro, Jorgito Sápia e Agenor de Oliveira - e explicita esse bem-estar em Tô Feliz Demais (Edinho Santana), samba abaixo do alto padrão de qualidade do repertório de Beth. Qualidade alta que atinge pico  na melodia e na poesia de Em Cada Canto Uma Esperança, um daqueles sambas nobres da obra de Ivone Lara - a quem o disco é dedicado - com Délcio Carvalho. Mesmo nesse samba triste, lançado pela compositora em álbum de 1978, o amor é apontado como a cura para os males neste disco que também tem humor. Em tom mais jocoso, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Sombrinha perfilam galego com nome de índio em Guaracy, samba feito para a trilha sonora da novela Fina Estampa com inspiração em personagem da trama de Aguinaldo Silva. Arrematando o álbum, a regravação de Minha História (Lucio Dalla e Paola Pallottino em versão de Chico Buarque) - com sentido pessoal para a cantora, mas sem um apelo ou sabor especial dentro do álbum - sedimenta a impressão de que Nosso Samba Tá na Rua poderia ser obra-prima se a cantora tivesse limado um outro samba (um pouco) aquém de sua história essencial no samba mestiço do Brasil e aquém do nome que Beth Carvalho carrega consigo desde que pôs seu bloco na rua.

27 comentários:

  1. Quinze anos separam o último disco de inéditas de Beth Carvalho, Brasileira da Gema (1996), de Nosso Samba Tá na Rua, o álbum que chega esta semana às lojas em edição do selo da cantora, Andança, distribuída via EMI Music. Nesses 15 anos, o samba renovou seu público e seus compositores. Celebração desse próprio samba (explicitada já na empolgante faixa que batiza e abre o CD, Nosso Samba Tá na Rua, da lavra de Roberto Lopes, Canário, Alamir e Nilo Penetra), o álbum capta essa renovação ao irmanar na ficha técnica a velha guarda do Cacique de Ramos - Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz - com a turma jovem que vem abrindo alas nos quintais, terreiros e casas dedicadas ao gênero. Partido alto de Luana Carvalho (filha de Beth) e Dayse do Banjo, Arrasta a Sandália é cantado pela sambista em dueto com Zeca Pagodinho, para quem Beth abriu alas em disco de 1983. Nosso Samba Tá na Rua marca o feliz reencontro de Beth com o produtor Rildo Hora, piloto dos títulos comercialmente mais bem-sucedidos da discografia referencial da cantora. A produção e os arranjos de Rildo e do maestro Ivan Paulo conectam o disco ao som do passado glorioso de Beth. Ao dar voz a compositores em ascensão do mundo do samba, a cantora enquadra os jovens autores dentro dos padrões do pagode cultivado entre as tamarineiras da quadra do lendário Cacique de Ramos, bloco do Carnaval do Rio de Janeiro (RJ) que renovou o samba na segunda metade dos anos 90 - através dos discos da própria Beth - e botou muita gente boa na rua. Parceiro de Adalto Magalha e Daniel Oliveira no ressonante Tambor, samba com toque de caxambú que faz ecoar a negritude dos seminais terreiros, Almir Guineto é um desses bambas que germinaram na leva do Cacique. É sintomático que Almir apareça na capa do disco ao lado de Luana Carvalho (e o alto quilate do partido de Luana e Dayse do Banjo dissipa qualquer desconfiança de nepotismo na seleção do repertório), pois Nosso Samba Tá na Rua integra gerações. Um samba como Chega, de Leandro Fregonesi e Rafael dos Santos, talvez soasse menos interessante num CD de Diogo Nogueira, cantor que costuma dar voz aos dois compositores. Mas, no disco de Beth Carvalho, Chega - um samba cheio de atitude na abordagem da desilusão amorosa - ganha força ao ser filtrado pela estética do Cacique de Ramos. Com a mesma atitude de Chega, Colabora (Serginho Meriti) e o menos inspirado Se Vira (Arlindo Cruz e Marquinhos PQD) reiteram que Beth repõe seu samba na rua sem chororô romântico. O naipe de sambas românticos atinge o ápice da amargura em Palavras Malditas, pérola rara da obra de Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) com Guilherme de Brito (1922 - 2006), até então gravada somente uma única vez, em 1957, pelo cantor Ari Cordovil (1923 - 1981). O arranjo de Rildo Hora evoca o som de um tango no início e no fim para sublinhar a dramaticidade típica da obra dos compositores. Se Samba Mestiço (Ciraninho, Rafael dos Santos e Leandro Fregonesi) celebra a origem negra do ritmo-síntese da mistura brasileira, Negro Sim Sinhô (Efson, Marquinho PQD e Franco) pisa mais fundo no terreiro para mostra que a negritude mestiça do samba está tanto no canto da Mangueira - celebrada em Verde e Rosa de Paixão (Claudinho Guimarães) - quanto no axé de Salvador (BA). Disco feliz pela própria natureza de marcar a volta de Beth Carvalho à cena após hiato forçado por problemas de saúde, Nosso Samba Tá na Rua festeja a chegada sempre renovadora do amor em Isso Acontece - samba melodioso de Wanderley Monteiro, Jorgito Sápia e Agenor de Oliveira - e explicita esse bem-estar em Tô Feliz Demais (Edinho Santana), samba abaixo do alto padrão de qualidade do repertório de Beth.

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  2. Qualidade alta que atinge pico na melodia e na poesia de Em Cada Canto Uma Esperança, um daqueles sambas nobres da obra de Ivone Lara - a quem o disco é dedicado - com Délcio Carvalho. Mesmo nesse samba triste, lançado pela compositora em álbum de 1978, o amor é apontado como a cura para os males neste disco que também tem humor. Em tom mais jocoso, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Sombrinha perfilam galego com nome de índio em Guaracy, samba feito para a trilha sonora da novela Fina Estampa com inspiração em personagem da trama de Aguinaldo Silva. Arrematando o álbum, a regravação de Minha História (Lucio Dalla e Paola Pallottino em versão de Chico Buarque) - com sentido pessoal para a cantora, mas sem um apelo ou sabor especial dentro do álbum - sedimenta a impressão de que Nosso Samba Tá na Rua poderia ser obra-prima se a cantora tivesse limado um outro samba (um pouco) aquém de sua história essencial no samba mestiço do Brasil e aquém do nome que Beth Carvalho carrega consigo desde que pôs seu bloco na rua.

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  3. Nunca ouvi um disco da Beth, só conheço os sucessos de memória afetiva q todo brasileiro tem. Vou conferir esse. A capa é feia, ainda deixaram a celulite da pernoca da filha dela aparecendo

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  5. Mauro, o Cacique de Ramos é da metade dos anos 80.
    Quero ouvir essa música do Nelson Cavaquinho!

    PS: O Mauro já tascou 3 vezes a capa do disco no blog. rssrs
    Quer dizer que além das pernocas a moça é compositora das boas?
    Essa é pra casar.

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  6. Quando não se tem o que falar inventa-se sobre celulites, haste, mão que desaparece (reparem na dobra do pano, a mão que segura tem que ficar escondida como toda porta-estandarte faz, não porta-bandeira!) e etc.
    Parabéns pela resenha, Mauro! Beth faz história e seu samba na maior dignidade, coisa que outras procuram inventar e quase sempre acabam pagando mico. Abs,

    Marcelo Barbosa

    PS: Já saiu um disco de uma cantora aí e eu não vi nenhuma resenha. Por que será? No mais, salve Beth! Seja sempre bem vinda com seu samba maiúsculo. Aqui ainda não chegou. ANSIOSAÇO! rsrs

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  7. Dá pra perceber pela análise do Mauro que este CD está muito acima da média atual dos discos de samba.

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  8. PELO RETORNO DE BETH JÁ VALE O DISCO. PRENDER-SE NESSES DETALHES DE FOTOSHOP, CELULITES, STANDARTS E OUTRAS COISAS MENORES NÃO VALE A PENA.O IMPORTANTE É QUE ELA CONTINUA CANTANDO.

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  9. Se o CD fosse ruim, valeria a pena comprá-lo apenas pelo fato de ele ser dedicado à Dona Ivone Lara. Mas o trabalho, pelo jeito, é bom. Então é obrigatório tê-lo.

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  10. A capa realmente não é legal mas o conteúdo é o que mais importa.

    Depois de 15 anos,atrevo-me a dizer que nem mesmo 3 regravações seriam necessarias.

    Também dispensaria ( mais um )duo de Zeca Pagodinho em um album da madrinha ...

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  11. Beth, em que pé anda o seu projeto de músicas revolucionárias da América Latina ?

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  12. Vitor, vc não tem idéia do que está perdendo. Os discos da Beth são maravilhosos em todos os aspectos. Procure ouvir e verás que tenho razão.

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  13. Oh, Marcelão, tu que és bamba no assunto. Cacique de Ramos é meados dos anos 80, né?

    PS: Mulher sem celulite é mulher sem caráter, Vitor.

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  14. A capa do disco tá causando mais polêmica que a do Sgt Peppers dos Beatles, exageros a parte...
    Mas tenho que concordar com o Kl. É vergonhosa! Mas como não se deve julgar nada pela capa,felizmente, é um prazer receber um novo trabalho da Beth.

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  15. Zé,

    Na verdade foi o fim dos 70 e início dos 80. O Mauro se enganou legal! A não ser que ele quisesse se referir ao pagode ruim dos anos 90 que serviu como "base" para a deturpação de pagode original, coisa que Beth, Fundo, Zeca e outros tantos felizmente não aderiram.
    Abs,

    Marcelo Barbosa

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  16. Zé,

    Mas a turma só começou a ganhar registro a partir dos anos 80. O Fundo foi o primeiro em 1980 com a formação original contendo Aragão e Almir (que depois seguiram solo nos anos seguintes), depois surgiu o pau de sebo Raça Brasileira em meados de 85 com Zeca, Jovelina, Mauro Diniz, Pedrinho da Flor e Eliane. Os dois primeiros conseguiram em seguida gravar seus primeiros discos consolidando suas respectivas carreiras. Abs

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  17. Obviamente me referi aos anos 70 (já corrigi o erro de digitação). O pontapé inicial da renovação foi o disco De Pé no Chão, lançado pela Beth em 1978. Abs, MauroF

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  18. Valeu os esclarecimetos, Marcelão.
    Achei que era coisa de 82/83.

    Abraço

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  19. Este comentário foi removido pelo autor.

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  20. Mauro, eu espero que vc não esqueça da resenha do show de lançamento deste CD. Abraço!

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  21. Para os difamadores e corvos de plantão,


    Segue o link do youtube com a PRESENÇA de Beth no Cacique de Ramos (aos que acusavam a foto da capa como sendo montagem) e o making-off do disco:

    http://www.youtube.com/watch?v=OrHHCxzgNfU

    Abs,

    Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

    PS: E dia 19/11 no Vivo Rio o lançamento do disco da MAIOR cantora de Samba desse país.

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  22. Este comentário foi removido pelo autor.

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  23. VITOR,

    esqueça um pouco as pernas da menina. mergulhe na net e procure o grande dico da Beth, CORAÇÃO FELIZ, o risco que você corre e querer saber da toda a trajetória da Madrinha do Samba e se apaixonar muito mais que por qualquer perna.

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  24. Meu Deus: que disco MARAVILHOSO!!!
    Mauro, acabei de escutar duas vezes e sinceramente a cotação foi pouca. Da sua resenha só discordo da observação de Minha História, tão maravilhosa e marcante quanto a de O Meu Guri na voz da Beth. Como bem definiu Sérgio Cabral: "é a cereja do bolo".
    Mas na minha modesta opinião a GRANDE faixa do cd é a regravação de Em cada canto uma esperança, de Dona Ivone e Délcio Carvalho. PERFEITA e a saudação é linda, de emocionar! É por essas e outras que Beth é a MAIOR intérprete dos compositores de samba.
    Palavras malditas é uma faca no peito também de tão linda! Sem contar os sambas percussivos e que relembram a fase áurea de Beth na RCA; a Beth mais carnavalesca, mais negra que se reflete em: Nosso Samba tá na Rua, Tambor, Chega, Samba Mestiço (bem observado que resvalaria em qualquer outro intérprete como uma gravação comum) e Verde e rosa de paixão.
    E os sambas românticos? Todos lindos! Isso acontece comprova que Wanderley Monteiro é um dos grandes poetas da nova geração do samba. Bobo é quem não saca uma pérola desse cara. Cracaço!
    Até a faixa de encomenda para trilha de novela não decepciona!
    Por fim gostaria de ratificar que Beth cada vez mais precisa lançar repertório inédito, pois NINGUÉM tem o PODER e a sensibilidade de escolher melhor do que ela. PÉROLA RARA esse cd! Magnífico!
    E o melhor: está cantando cada vez mais bonito. Salve Madrinha, Rainha e verdadeira DEUSA do nosso samba. O Samba precisa MUITO de você. Espero que as outras aprendam!
    Obrigado por mais um capítulo dessa discografia FODÁSTICA do nosso samba. TÁ NA RUA, na alma e no coração de tão belo! Espero que as rádios deixem os jabás de lado e apostem nesse cd. Abs,

    Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

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  25. Só para retificar, Mauro: referi-me ao Samba Mestiço que é muito bom e é de um outro parceiro do Diogo que é o Ciraninho. Confundi com a sua observação sobre o Chega, mas ambos ficaram muito bons.
    E parabéns mesmo aos maestros Rildo Hora e Ivan Paulo. Esse disco sim um Biscoito Fino!
    O único senão fica por conta do encarte em formato de mapa. Não gosto assim. Abs,

    Marcelo Barbosa - Brasília (DF)

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