tag:blogger.com,1999:blog-5986306409506815264.post1542235247984061779..comments2024-02-21T12:32:03.120-03:00Comments on Notas Musicais: Samba-canção é trilha sonora de livro em que Castro historia a noite cariocaMauro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/07026687659698963134noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5986306409506815264.post-5057870559252033832015-12-29T13:15:09.622-02:002015-12-29T13:15:09.622-02:00Caro Mauro sou seu leitor assiduo e para variar vo...Caro Mauro sou seu leitor assiduo e para variar você acertou na sua análise. De fato, Ruy Castro não conta a história do samba canção, que no livro é usando como trilha sonora. E há pelo menos um equivoco. Castro cita Exemplo, como sendo composição de Ataulfo Alves, sendo que este samba canção é de autoria de Lupicínio Rodrigues. Parabéns pelo excelente trabalho. almanaquehttps://www.blogger.com/profile/03412247697648581273noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5986306409506815264.post-75067738242234833862015-12-24T20:27:13.804-02:002015-12-24T20:27:13.804-02:00Oi, Alexandre, grato pelo toque do erro de digitaç...Oi, Alexandre, grato pelo toque do erro de digitação na data de morte de Maysa. Abs, Feliz Natal, MauroFMauro Ferreirahttps://www.blogger.com/profile/07026687659698963134noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5986306409506815264.post-87314007180115283322015-12-24T18:39:51.589-02:002015-12-24T18:39:51.589-02:00Mauro, permita-me uma correção: o ano do falecimen...Mauro, permita-me uma correção: o ano do falecimento de Maysa é 1977, não 1997, como acabou sendo publicado no post.<br />De resto, ótima resenha de um livro muito saboroso de ler, como costuma ser as obras de Ruy Castro.<br />Um abraço,<br />AlexandreAlexandre Siqueirahttps://www.blogger.com/profile/06608155261137659752noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5986306409506815264.post-10340662843913001062015-12-24T18:03:55.780-02:002015-12-24T18:03:55.780-02:00♪ A história e as histórias das boates cariocas ao...♪ A história e as histórias das boates cariocas ao som do samba-canção seria um subtítulo mais adequado e fiel ao tom do livro A noite do meu bem, de Ruy Castro. Afinal, o jornalista mineiro não conta exatamente a história do samba-canção ao longo das 512 saborosas páginas de A noite do meu bem - tarefa a que o jornalista e pesquisador musical paulistano Zuza Homem de Mello se dedica no vindouro livro Copacabana, batizado com o nome do samba-canção dos compositores cariocas Braguinha (1907 - 2006) e Alberto Ribeiro (1902 - 1972) lançado em 1946 na voz do cantor carioca Dick Farney (1921 - 1987). Em A noite do meu bem, o samba-canção - gênero musical nascido em 1929 quando a cantora carioca Araci Cortes (1904 - 1985) revelou ao mundo a beleza de Linda flor (Henrique Vogeler e Luiz Peixoto) - é a trilha sonora das histórias coletadas e contadas por Castro sobre a noite carioca. Em especial, a noite do mítico bairro de Copacabana, QG das boates cujo intimismo favoreceram a propagação do samba-canção ao longo dos anos 1940 e 1950, décadas áureas do gênero. Foi lá, em Copcabana, mais precisamente na avenida Princesa Isabel, que nasceu em 1947 a Vogue, boate poderosa (em todos os sentidos) cuja trajetória é alocada por Castro como o epicentro dos casos (de amor) e causos narrados pelo autor em A noite do meu bem. No caso, as histórias acontecidas até 14 de agosto de 1955, data em que a Vogue foi consumida pelo fogo em incêndio que deixou vítimas fatais. No terceiro dos 18 capítulos do livro, O samba virou canção, o autor até discorre sobre a gênese do gênero. Mas em A noite do meu bem o samba-canção é o som que se ouve ao fundo de histórias de amor, sexo, ódio e poder que envolveram cantores, políticos, compositores, jornalistas (sobretudo os colunistas sociais), empresários e maitres (uns tão disputados pelas boates quanto os cantores em voga na época da narrativa). O texto sempre estiloso do autor - trunfo essencial em livro no que a forma como as histórias são contadas agrega valor a essas histórias - envolve o leitor em narrativa de tom romanceado. Em A noite do meu bem, Ruy Castro faz a crônica social de uma época em que ainda havia glamour na noite carioca. Trilha dos amores desfeitos e dos corações magoados, o samba-canção se impôs como o som ideal para adensar o que se fazia na noite carioca, no escurinho de boates por onde passaram cantores do primeiro time da música brasileira como Cauby Peixoto, Doris Monteiro, Elizeth Cardoso (1920 - 1990) e Maysa (1936 - 1997). E cabe ressaltar que - tal como nas boates - os músicos extrapolam no livro de Castro o papel de meros acompanhantes desses cantores. Na noite de Copacabana, músicos como o pianista Johnny Alf (1929 - 2010) foram muitas vezes as atrações que mobilizavam o público - e inclua-se entre esse público cantores de ouvidos mais atentos e apurados. Com narrativa que exalta o bem que a noite das décadas de 1940 e 1950 fez à música do Rio (e, por extensão, à do Brasil), Ruy Castro reproduz os movimentos das criaturas dessa noite que somente dormia após a saída do último cliente da boate e após o fim do último acorde de um samba-canção, gênero que, como a tristeza do célebre verso, nunca tem fim.Mauro Ferreirahttps://www.blogger.com/profile/07026687659698963134noreply@blogger.com