Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Edição estendida do primeiro álbum da Legião apresenta três demos de 1983

A rigor, já são 31 anos, pois o álbum Legião Urbana foi lançado em janeiro de 1985 pela extinta gravadora EMI-Odeon. Mesmo com atraso, provocado por discórdias sobre a autoria da música inédita 1977, a edição dupla comemorativa dos 30 anos do álbum Legião Urbana vai ser enfim lançada em março de 2016, com distribuição da gravadora Universal Music, após ser cancelada. Alvo de pendenga entre Giuliano Manfredini - herdeiro de Renato Russo (1960 - 1996) - e os legionários remanescentes Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, a música 1977 foi limada do CD 2, que reúne, ao longo de 18 faixas, sete registros alternativos das músicas do álbum de 1985, dois remixes (o de Liminha para a música O reggae e o de Mario Caldato para a música A dança), falas de Renato Russo, um registro pirata de Química e várias demos, inclusive três demos gravadas pela banda em 1983 a convite da EMI-Odeon. Essas seminais demos de 1983 - descartadas na época e nunca mais aproveitadas - das músicas Ainda é cedo, A dança (gravada com a participação de Herbert Vianna) e Geração coca-cola são as raridades mais antigas e valiosas do CD 2 da edição de 30 anos do álbum Legião Urbana. Já o CD 1 reapresenta o disco original em edição remasterizada.

Cultuado álbum de Lincoln Olivetti e Robson Jorge vai ser relançado em vinil

Clássico da discografia da black music de tonalidade brasileira, o álbum Robson Jorge & Lincoln Olivetti - lançado originalmente pela gravadora Som Livre em 1982 - vai ser reeditado no formato de LP neste mês de março de 2016 na série Clássicos em vinil, da Polysom. O vinil foi fabricado sob licença da Som Livre. O álbum uniu o compositor, pianista, arranjador e produtor musical Lincoln Olivetti (1954 - 2015) - o mago dos teclados e sinterizadores usados na música brasileira gravada a partir da década de 1980 - com carioca Robson Jorge (1954 - 1993), compositor e músico polivalente que tocava guitarra e também teclados. Incensado inclusive pela alta qualidade técnica da gravação, o álbum Robson Jorge & Lincoln Olivetti apresentou repertório autoral. Os artistas assinam (e tocam) temas como Aleluia, Ginga, Squash e Zé Piolho, entre outras músicas.

Anitta regrava samba de Noel Rosa com toque de funk para a trilha de filme

Primeiro sucesso do compositor carioca Noel Rosa (1910 - 1937), lançado na voz do próprio autor em gravação feita com a Orquestra Guanabara e posta no mercado fonográfico em janeiro de 1931, o samba Com que Roupa? ganha a voz de Anitta e toque de funk no arranjo de André Moraes e Vivian Aguiar-Buff. A cantora carioca gravou o samba para a trilha sonora de Apaixonados, filme que tem estreia agendada nos cinemas do Brasil para a próxima quinta-feira, 3 de março de 2016.

Chico Rey sai de cena e deixa álbum gravado em dupla com o irmão Paraná

♪ Francisco Aparecido de Jesus Gomes (Arapongas - PR, 9 de novembro de 1952 / Maceió - AL, 26 de fevereiro de 2016) - o cantor conhecido no universo sertanejo como Chico Rey, partner do irmão José Cláudio Gomes, o Paraná, na dupla paranaense projetada na década de 1980 - foi um ídolo do Brasil de dentro, dos interiores de um país. É esse Brasil interiorano, longe demais das capitais que ditam modismos musicais, que mais chora a saída de cena de Chico Rey, ocorrida na última sexta-feira, na capital de Alagoas. Vítima de parada cardíaca decorrente de problemas renais, o artista saiu de cena aos 62 anos. Chico Rey & Paraná foi uma dupla sertaneja nascida de forma profissional em 1977, em Brasília (DF), com o nome de Devanil e Denival. Nascidos em Arapongas (PR), os irmãos cantavam juntos desde a infância vivida na cidade também paranaense de Ivaiporã (PR), mas foi em 1981 que, já com o nome de Chico Rey & Paraná, a carreira da dupla começou a ganhar projeção no circuito sertanejo. Chico Rey & Paraná gravaram discos desde esse início dos anos 1980, década em que o som sertanejo já estava eletrificado e absorvia influências da música romântica sentimental de cantores como Amado Batista, mas o primeiro grande sucesso veio somente em 1988 com a música Quem será seu outro amor, incluída no quinto álbum da dupla. Com 35 anos de vida, a dupla Chico Rey & Paraná se desfaz com mais de 20 álbuns em discografia que alcançou outro pico de popularidade em 2006 com a gravação de Amor transparente, feita com a adesão do cantor goiano Leonardo. Chico Rey & Paraná nunca estiveram na linha de frente do mercado sertanejo, mas conquistaram público fiel com músicas como Canarinho prisioneiro e Leão domado, entre outros hits que tocaram corações interioranos. A saída de cena de Chico Rey desfaz forçosamente a dupla Chico Rey & Paraná, mas a voz do cantor ainda vai ecoar ao longo deste ano de 2016. Um álbum já em fase de finalização, Minha inspiração, vai ser lançado postumamente - promovido nas rádios pela música Amo até seus defeitos - (ainda) neste primeiro semestre do ano.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Pethit canta versão em francês de 'Forasteiro' - com Tiê - em trilha de novela

Canção composta por Thiago Pethit em parceria com Hélio Flanders, tendo sido lançada pelos autores em gravação feita em dueto para o primeiro álbum do paulistano Pethit (Berlim, Texas, Independente, 2010), Forasteiro está incluída na trilha sonora de Velho Chico, novela que a TV Globo vai estrear em 14 de março de 2016. Mas trata-se de versão em francês da canção. Intitulada L'étranger, a versão em francês é cantada por Pethit em dueto com a cantora Tiê. A gravação de L'étranger integra o disco que traz as músicas do primeiro volume da trilha sonora de Velho Chico. O álbum está previsto para ser lançado em março em edição da gravadora Som Livre.

Aposta juvenil da Biscoito Fino, Nolasco canta Nando e Rita em disco digital

O primeiro disco de Mariana Nolasco vai ser lançado em abril deste ano de 2016 em edição exclusivamente digital da gravadora carioca Biscoito Fino. Trata-se de EP em que a cantora e instrumentista paulista - fenômeno juvenil da web, por conta dos milhões de visualizações dos clipes que a artista vem postando no YouTube desde 2011 - aborda músicas como All star (Nando Reis, 2000) e Reza (Rita Lee e Roberto de Carvalho, 2012),  entre outras composições de criação alheia.

Som Livre afirma ser a (única) gravadora oficial dos jogos olímpicos Rio 2016

Em comunicado expedido nesta última semana de fevereiro de 2016, a gravadora carioca Som Livre afirmou ser a companhia fonográfica oficial dos jogos olímpicos Rio 2016. De acordo com o anúncio, a Som Livre é a única gravadora licenciada pela organização do Rio 2016 para vendas e exploração de produtos musicais - tanto no mercado físico quanto nas plataformas digitais - associados às marcas oficiais dos Jogos olímpicos e paralímpicos que vão acontecer na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O primeiro produto do licenciamento é a coletânea Brasil encanta - Bossa Nova, já à venda. A compilação reúne gravações de músicas como Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939), Brasil pandeiro (Assis Valente, 1941), Fato consumado (Djavan, 1975), Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962), Mas que nada (Jorge Ben Jor, 1963), Que maravilha (Jorge Ben Jor e Toquinho, 1969), Samba de verão (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, 1964), Samba do avião (Antonio Carlos Jobim, 1962) e Tô voltando (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, 1979) - ouvidas na compilação em registros do pianista Pedrinho Matta, do grupo Novos Baianos, do cantor Djavan, do poeta Vinicius de Moraes (1913-1980) com Maria Creuza e Toquinho, da cantora Cláudia, do grupo Os Brazões, de Marcos Valle, do conjunto Os Cariocas e do pianista Sergio Mendes, respectivamente. A seleção extrapola a Bossa Nova posta no subtítulo da coletânea.

Daniel Salve lança 'Grande amor', álbum com 12 inéditas de autoria do artista

Precedido pelo single Leve love, o segundo álbum do cantor, compositor, músico e produtor paulistano Daniel Salve, Grande amor, já está disponível para audição nas plataformas digitais e para download gratuito no site oficial do artista. Produzido pelo próprio Daniel Salve com Rique Azevedo, o disco apresenta 12 músicas inéditas de autoria de Salve. A jornada do louco, Babel, Fronteira sem limites, Pégaso, Simple  songVoraz e 144 figuram no repertório de Grande amor.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Fernanda Abreu acerta com Sony Music a distribuição do álbum 'Amor geral'

A foto acima mostra Fernanda Abreu com executivos da diretoria da Sony Music na sede carioca da gravadora multinacional. A cantora e compositora carioca acertou com a Sony Music a distribuição do oitavo álbum da carreira solo, Amor geral. O disco vai ser lançado no mercado fonográfico neste primeiro semestre de 2016.  Clique aqui para conhecer as dez músicas do álbum.

Alceu grava sucesso de Geraldo Azevedo para trilha sonora de 'Velho Chico'

A IMAGEM DO SOM - A foto postada na página oficial de Alceu Valença no Facebook mostra o artista pernambucano no estúdio com Tim Rescala, produtor musical da trilha sonora de Velho Chico, novela que a TV Globo vai exibir a partir de 14 de março de 2016. Alceu gravou Moça bonita para o disco com o segundo volume da trilha sonora da trama ambientada no Nordeste, às margens do Rio São Francisco. Música inédita na voz forte de Alceu, Moça bonita é parceria do cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo com o poeta baiano José Carlos Capinam. Foi lançada em disco em 1981, em gravações do próprio Geraldo Azevedo e da cantora Nara Leão (1942-1989).

Alexandre Pires e Luiz Carlos retiram Belo do projeto 'Gigantes do samba II'

Belo está fora do projeto Gigantes do Samba II. Lançado em 2014 com a reunião dos grupos de pagode Raça Negra e Só pra Contrariar, o projeto Gigantes do samba ganharia segunda edição neste ano de 2016 com a adesão de Belo, cantor e compositor paulista projetado na década de 1990 como vocalista do grupo de pagode Soweto. Já havia até sido programada - para 12 de março de 2016, em São Paulo - a gravação ao vivo do show do trio com a inédita reunião de Belo com Alexandre Pires e Luiz Carlos. Contudo, comunicado publicado em rede social ontem, 26 de fevereiro de 2016, anunciou o afastamento de Belo do projeto por decisão de Pires e Luiz Carlos. De acordo com o comunicado, a ausência de Belo dos ensaios do show foi o motivo da saída do artista. Não se sabe ainda se a gravação ao vivo vai ser mantida na data prevista inicialmente e se Belo vai ser substituído por outro cantor ao longo da turnê do show que estreia em 5 de março, na Argentina, e que chegará ao Brasil em 11 de março, no Recife (PE). Eis, na íntegra, o comunicado:

"O Gigantes do Samba II não terá mais a participação de Belo. Depois de várias tentativas de se remediar falhas do cantor, empresários e os idealizadores do projeto, Alexandre Pires e Luiz Carlos, líder da banda Raça Negra, decidiram não mais contar com Belo. A decisão tem como principal intuito preservar uma marca vitoriosa e inovadora, vista por mais de um milhão de pessoas em sua primeira edição e recordista de público por onde passou.

Quando aceitou o convite para integrar o Gigantes do Samba II, Belo assumiu a responsabilidade de participar de todas as ações em prol do projeto. Nas duas últimas semanas, depois de toda a campanha ganhar corpo e veiculação de comercial em rede nacional, ele começou a deixar de cumprir os compromissos.

Enquanto seus companheiros enfrentavam uma rotina pesada de ensaios, Belo viajou a lazer e, ao retornar, alegou problemas pessoais graves e recebeu apoio de Luiz Carlos e Alexandre Pires, que se propuseram a ajudá-lo no que fosse possível inclusive, tocando o projeto com sessão de fotos, gravação de externas para TV além de estarem a frente de uma estrutura envolvendo mais de 100 profissionais para o ensaio geral. Qual não foi a surpresa dos artistas que, juntos já venderam mais de 50 milhões de cópias e sempre foram respeitados musicalmente, ao ver uma postagem no Instagram pessoal de Belo, que na noite de ontem (25 de fevereiro) participaria de um show numa casa noturna no Rio de Janeiro (RJ).

A falta de verdade culminou com o fim da parceria. Além de se sentirem ofendidos, Alexandre Pires e Luiz Carlos vislumbraram problemas futuros. E, agindo com a mais pura retidão perante ao público e contratantes, acharam por bem não mais amenizar a situação que se tornou insustentável.

Gigantes do Samba II segue com a seriedade, qualidade e comprometimento de levar o melhor do entretenimento. Estreia com uma super produção dia 5 de março na Argentina e chega aos palcos brasileiros a partir do dia 11 de março em Recife.
Alexandre Pires e Luiz Carlos desejam do fundo do coração que, um dia, Belo possa respeitar seu talento e faça muito sucesso!

Afinal, gigante de verdade é aquele que honra o suor do seu trabalho!!!"

Parceria de Luiza Possi com Thiaguinho, 'Aventura' é segundo single de 'LP'

♪ Luiza Possi lançou ontem, 26 de fevereiro de 2016, nas plataformas digitais o segundo single do oitavo álbum da cantora, LP. Aventura - a música inédita escolhida para dar continuidade aos trabalhos promocionais do álbum que tem faixas produzidas pelo DJ Rodrigo Gorky - é parceria da cantora e compositora com Thiaguinho. Entre inéditas compostas com parceiros como Dudu Falcão e Thiaguinho, Luiza regrava em LP músicas como O meu amor mora no Rio (Pélico, 2015), Insight (Jaloo, 2014) - faixa que já rendeu clipe e o primeiro single do álbum, ambos postos em rotação na web em janeiro - e Como eu quero (Leoni e Paula Toller, 1984). O álbum LP vai sair em março.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Single 'Perfume do invisível' revela cheiro de 'Tropix', o quarto álbum de Céu

Quatro dias após o anunciar o lançamento do quarto álbum de estúdio, Tropix, programado para chegar ao mercado fonográfico a partir de 25 de março de 2016 em edição do selo Slap, Céu apresenta o primeiro single do álbum. Música de autoria da própria cantora e compositora paulista, Perfume do invisível revela o cheiro fresco de Tropix, álbum produzido por Pupillo com Hervé Salters, tecladista e compositor francês do projeto General Elektrik, e coproduzido pela própria Céu. O single Perfume do invisível já está disponível desde hoje, 26 de fevereiro de 2016, nas plataformas digitais. Simultaneamente, a artista põe em rotação no YouTube o clipe da música, filmado em preto e branco sob a direção de Esmir Filho. "Seguindo o estilo do novo disco da Céu, que experimenta sonoridades fragmentadas e descontínuas, minha ideia para o clipe foi tentar provocar a mesma sensação com a imagem, trabalhando com glitch art, que explora a estética do erro de leitura dos códigos. Para isso, eu e minha equipe criamos quatro planos sequências em preto e branco onde Céu canta e dança sob jogos de luzes e projeções. Na edição, com a evolução da música, provocamos quebras e ruídos de imagem que fragmentam e desconstroem os planos e movimentos de Céu", conceitua o diretor do clipe, cuja estética realmente está impregnada do som embriagante de Perfume do invisível, música gravada por Céu com os teclados de Hervé Salters, o baixo de Lucas Martins, a guitarra de Pedro Sá e a bateria de Pupillo.  O single sinaliza belo álbum.

Em março, Michele Leal vende 'Peixe', álbum feito sob direção de Domenico

Michele Leal vai vender Peixe a partir de março de 2016. Peixe é o nome do primeiro álbum dessa cantora e compositora mineira que ganhou certa projeção em 2013 quando a música Jacarandá - composta por Michele em parceria com Alan Athayde e lançada pela artista em 2012 em EP independente também intitulado Jacarandá - foi propagada em escala nacional na novela Sangue bom (TV Globo, 2013). Michele Leal - em foto de Felipe O'Neill, da Ovelha Ruiva Filmes - fez Peixe sob a direção musical de Domenico Lancellotti, baterista da banda do disco, gravado com os músicos Cláudio Andrade (piano), Marcos Campelo (guitarra), Pedro Dantas (baixo) e Thomas Harres (bateria), além do toque do violão da própria Michele Leal. O violoncelista Jaques Morelenbaum toca em uma das músicas do disco, "mais orgânico e original", no conceito da artista.

Chico César regrava tema popular de Schubert para a trilha de 'Velho Chico'

Um dos temas mais populares da obra erudita do compositor austríaco Franz Schubert (1797 - 1828), Serenata - título em português de Standchen, composição criada em 1826 com versos escritos pelo poeta Ludwig Rellstab (1799 - 1860) - ganha a voz do cantor paraibano Chico César em gravação inédita feita para a trilha sonora de Velho Chico, novela programada pela TV Globo para ser exibida a partir de 14 de março de 2016. Incluída no disco com as músicas do primeiro volume da trilha sonora da novela, previsto para ser lançado já em março, a Serenata gravada por Chico César tem os - românticos - versos em português escritos pelo compositor Arthur Nestrovski.

Rock dos Selvagens à Procura de Lei toma 'banho de sol' no álbum 'Praieiro'

Em 2013, o grupo cearense Selvagens à Procura de Lei - quarteto formado em Fortaleza (CE) sob a liderança dos cantores, compositores e guitarristas Gabriel Aragão e Rafael Martins - ensaiou o papel de salvador do rock brasileiro com o lançamento do segundo álbum. O produtor do álbum Selvagens à Procura de Lei (Universal Music, 2013), David Corcos, calculou as doses de politização e romantismo para tentar dar projeção nacional ao grupo. Com o terceiro álbum, Praieiro, programado para chegar ao mercado fonográfico a partir da próxima terça-feira, 1º de março de 2016, o quarteto ameniza o discurso político - reiterado em músicas como Bastidores - e apresenta som geralmente mais pop e leve, como já sinalizou a balada Tarde livre, divulgada como o primeiro single do álbum. Com capa que expõe ilustração de Amandine Levy, Praieiro é disco em que o som do grupo toma banho de sol. Entre reggae (Felina) e xote (Guetos urbanos), o álbum menciona a mudança do grupo de Fortaleza (CE) para São Paulo (SP) em verso de Sangue bom. Completado por Caio Evangelista (voz e baixo) e Nicholas Magalhães (voz e bateria), o Selvagens à Procura de Lei bisa a parceria com David Corcos, também o produtor de Praieiro, disco batizado com o nome de CD e DVD lançado pela banda de axé Jammil em 2005. Em pré-venda, Praieiro totaliza 11 músicas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Discos inéditos e reedições de LPs dos anos 1970 festejam 70 anos de Alceu

Alceu Valença vai completar 70 anos de vida em 1º de julho deste ano de 2016. A data vai ser festejada com os lançamentos de três álbuns inéditos e com reedições em vinil de quatro álbuns gravados pelo artista pernambucano na década de 1970. Os discos inéditos são a trilha sonora do filme A luneta do tempo (a ser editada em CD duplo pela Deck em março), o registro ao vivo do show Vivo! Revivo! em CD/DVD e a edição oficial, em CD e vinil, de Saudades de Pernambuco, álbum gravado por Alceu na França em 1979, arquivado na época e lançado somente no Brasil na segunda metade da década de 1990 em padronizada edição de coleção de discos de sertanejo e forró produzida por jornal da cidade de São Paulo (SP). Já as reedições em vinil dos álbuns dos anos 1970 - negociadas pelo cantor e compositor com a Deck e a Polysom em outubro de 2014 - sairão no segundo semestre de 2016. Voltam ao catálogo, no formato original de vinil, os álbuns Molhado de suor (Som Livre, 1974), Vivo! (Som Livre, 1976) e Espelho cristalino (Som Livre, 1978). Show!

Elba Ramalho grava música inédita para trilha sonora da novela 'Velho Chico'

Voz que sempre hasteou alto a bandeira musical da nação nordestina, a cantora paraibana Elba Ramalho também está presente na trilha sonora da novela Velho Chico, programada pela TV Globo para estrear em 14 de março de 2016 no horário das 21h. Elba gravou música inédita, Altar de amor, para a trilha sonora da trama ambientada às margens do Rio São Francisco. A composição é de autoria de Tim Rescala, compositor que assina a produção musical da trilha. A gravação de Elba deve ser incluída no disco que vai reunir as músicas do segundo volume da trilha nacional da novela.

Thiaguinho regrava, para filme, balada de Greyck lançada pelo autor em 1971

Uma das mais belas baladas do cantor e compositor mineiro Márcio Greyck, composta pelo artista com o parceiro Cobel e lançada por Greyck no álbum Corpo e alma (CBS, 1971), Eu preciso de você ganha a voz de Thiaguinho. O cantor e compositor paulista regravou Eu preciso de você para a trilha sonora do filme brasileiro Apaixonados, cuja estreia nos cinemas está programada para a próxima quinta-feira, 3 de março de 2016. Aliás, Eu preciso de você tem bela gravação da cantora carioca Verônica Sabino feita no álbum Agora (Dubas, 2003). E por falar em Thiaguinho, o artista promove Vamo que vamo, a música que batiza o DVD e CD ao vivo que o cantor vai lançar neste primeiro semestre de 2016 com a gravação do show captado na noite de 20 de janeiro em apresentação feita por Thiaguinho em casa de shows na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ). A música é de autoria de Thiaguinho com os habituais parceiros Gabriel Barriga e Rodriguinho. O DVD e CD ao vivo  #VamoQVamo  tem a participação da cantora Maria Rita paulista numa música inédita, Desliga você.

Pedro Mariano divulga projeto sinfônico com single com música de Ivan Lins

Pedro Mariano continua a promover a gravação ao vivo de show sinfônico feita em outubro de 2013 em apresentação no Teatro Alfa, na cidade de São Paulo (SP), berço do artista. Lançados no segundo semestre de 2014 pelo selo carioca Lab 344, o CD e DVD Pedro Mariano e orquestra gerou single posto nas plataformas digitais neste mês de fevereiro de 2016. Trata-se de Pontos cardeais. No single, Pedro canta Pontos cardeais, música de autoria de Ivan Lins e Vitor Martins, lançada na voz de Ivan no disco com a trilha sonora nacional da novela Vale tudo (TV Globo, 1988).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

'Coleção', a primeira compilação da discografia de Marisa Monte, sai em abril

Marisa Monte vai lançar a primeira coletânea da discografia. Coleção é o título da compilação, programada para ser lançada em abril deste ano de 2016 com distribuição da gravadora Universal Music. A edição está sendo viabilizada através de parceria do selo da cantora, Phonomotor, com o selo EMI, criado desde que a Universal Music adquiriu grande parte do acervo da EMI Music. Marisa Monte - em foto extraída da página oficial da artista carioca no Facebook - possui total controle sobre a obra fonográfica. Portanto, Coleção é disco produzido com aval da cantora e compositora, sendo mais do que um greatest hits de Marisa. O repertório inclui fonogramas gravados para trilhas de filmes, números ao vivo extraídos de shows e registros feitos para projetos coletivos ou alheios.

Quarteto em Cy faz primeiro CD em dez anos com Corina no lugar de Sonya

É com nova formação que o Quarteto em Cy se prepara para entrar em estúdio, em março deste ano de 2016, para gravar o primeiro álbum em dez anos. No grupo desde 1967, Sonya Ferreira se desligou amigavelmente do quarteto e foi substituída por Corina, cantora egressa do grupo vocal BeBossa. É com a atual formação - Cynara, Corina (a segunda da esquerda para direita na foto), Cyva e Keyla Fogaça (substituta desde 2013 de Cybele, morta em 2014) - que o grupo vai gravar o álbum que sucede o CD Samba em Cy (Fina Flor, 2006). Com inéditas de Carlos Lyra, Dori Caymmi (Mudança de lua, parceria de Dori com Paulo César Pinheiro), João Donato, Marcos Valle e Roberto Menescal, entre outros compositores, o disco vai ter participações de Carlos Lyra e de Zélia Duncan.

Violonista Daniel Marques e cantora Paula Santoro gravam obra de Edu Lobo

O cancioneiro magistral de Edu Lobo vai gerar mais um disco dedicado inteiramente à obra do cantor e compositor carioca. O violonista carioca Daniel Marques - líder da Orquestra Frevo Diabo, batizada com o nome da música composta por Edu com Chico Buarque para a trilha sonora do balé Dança da meia-lua (1988) - e a cantora mineira Paula Santoro preparam álbum em tributo ao cancioneiro de Edu. Em fase de pré-produção, o disco vai ser gravado em maio deste ano de 2016 em Bruxelas, na Bélgica, no estúdio do produtor Fernando Silva, irmão do violonista. Estão previstas no repertório do CD, entre outras, músicas como Canção da terra (Edu Lobo e Ruy Guerra, 1964), Canção do amanhecer (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1964), Lero-lero (Edu Lobo e Cacaso,1978), Na carreira (Edu Lobo e Chico Buarque, 1983), No cordão da saideira (Edu Lobo, 1967), Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro,  1973) e Zambi (Edu Lobo com Vinicius de Moraes,  1964).

Joelma dispensa o sobrenome artístico Calypso na capa do primeiro CD solo

Joelma divulgou em rede social a capa do primeiro álbum solo da cantora paraense. Na capa (foto à esquerda), a artista abre mão do sobrenome artístico Joelma Calypso. Sim, a cantora vai iniciar a carreira solo sem alusões explícitas à banda que formava com o ex-marido Ximbinha e com a qual ganhou projeção nacional nos anos 2000. Já em processo de finalização, o primeiro disco solo de Joelma traz no repertório músicas como Não teve amor (uma das últimas a serem gravadas), Voando pro Pará e Ai, coração (faixa lançada como primeiro single do álbum em janeiro deste ano de 2016). Intitulado Joelma, o álbum será lançado entre março e abril.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Jeneci grava música de Vital Farias para trilha de novela que inclui Amelinha

Marcelo Jeneci gravou grande sucesso do cancioneiro do compositor paraibano Vital Farias, Veja (Margarida) (1975), para a trilha sonora da próxima novela das 21h da Rede Globo, Velho Chico, programada para estrear em 14 de março de 2016. Propagada na voz agreste de Elba Ramalho em gravação de 1980, Veja (Margarida) é canção composta por Farias para a trilha sonora da peça Lampião no inferno, encenada em 1975 na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelo Grupo Chegança sob a direção de Luiz Mendonça (1931 - 1995). A inédita gravação de Jeneci vai ser lançada no primeiro álbum com as músicas da trilha sonora da novela. Com produção musical de Tim Rescala e seleção de repertório de Luiz Fernando Carvalho, diretor da trama ambientada às margens do Rio São Francisco, a trilha sonora de Velho Chico tem acento nordestino. Artistas e músicas do Nordeste predominam na ótima seleção. O cantor e compositor pernambucano Alceu Valença canta Flor de tangerina, música da própria lavra, lançada em 2002. A cantora cearense Amelinha figura na trilha com Gemedeira (Robertinho de Recife e José Carlos Capinam), música que lançou em 1980. Já o cantor e compositor baiano Caetano Veloso está triplamente representado no disco com o primeiro volume da trilha de Velho Chico. Além de Triste Bahia (Caetano Veloso e Gregório de Mattos, 1972), Caetano canta inédito registro de Tropicália (Caetano Veloso, 1967) - música gravada com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, sob a regência de Tim Rescala - e tem a composição Como 2 e 2 (Caetano Veloso, 1972) revivida na trilha sonora na voz de Gal Costa. Já o cantor e compositor baiano Tom Zé dá voz a Senhor cidadão (Tom Zé e Augusto de Campos,1971). O CD sai em março.

'Se a canção mudasse tudo' confirma que Manuela não é uma qualquer por aí

Resenha de álbum
Título: Se a canção mudasse tudo
Artista: Manuela Rodrigues
Gravadora: Edição independente da artista
Cotação: * * * *

É difícil se fazer ouvir na Bahia fora do circuito industrializado da axé music e de ritmos ainda mais populistas como o pagode e o arrocha. Manuela Rodrigues é voz dissonante nessa indústria. Boa cantora e compositora baiana que lançou o primeiro álbum, Rotas (Independente, 2003), já há 13 anos, Manuela ainda é uma voz ouvida por poucos. Álbum independente produzido com recursos financeiros obtidos no projeto Natura musical, Se a canção mudasse tudo vai manter inalterado o status e a popularidade da artista no diluído mercado fonográfico brasileiro. Mas confirma o talento de Manuela, contradizendo o título do excelente álbum que o antecedeu há cinco anos, Uma outra qualquer por aí (Garimpo Música, 2011). Além de roçar a excelência desse antecessor com som quente, formatado por diversos produtores, Se a canção mudasse tudo prova de vez que Manuela Rodrigues não é uma cantora e compositora qualquer. "Outros meios, outros amigos / Cruzar famílias e filhos / Frequentar outros lugares / Evitar as portas dos bares / Hora de quietar o facho", sentencia a artista nos versos iniciais de Lista (Manuela Rodrigues, 2016), rock formatado pelo produtor Tadeu Mascarenhas que volta a ser ouvido no fim do disco, enquadrado na moldura eletrônica do produtor João Milet Meirelles, em faixa que mais parece remix. Nos versos de Lista, Manuela alinha decisões e resoluções que parecem motivadas pela maternidade. O álbum, aliás, foi gestado durante a primeira gravidez da artista. O que faz sobressair naturalmente o sentimento maternal de Ventre (Manuela Rodrigues, 2016), bela canção parida quando o primeiro filho da artista ainda estava no terceiro mês de gestação. A letra de Ventre embute o verso-título do álbum Se a canção mudasse tudo e o sonho de mundo melhor para o filho que estava por vir. O arranjo da faixa - formatada por Tadeu Mascarenhas com João Milet Meirelles - evoca ambiência bem aconchegante que pode significar a tentativa (feliz) de remeter a sons da vida intra-uterina. Outro trunfo da safra autoral, Marcha do renascimento (Manuela Rodrigues, 2016) evolui também no embalo do sentimento que rege a vida de mãe amorosa decidida a proteger o filho dos males do mundo. "Bloco sem corda e sem cordão / Umbigo cortado, o grito, o choro / O coração", parem os versos da marcha. Manuela Rodrigues faz o próprio Carnaval sem ir atrás do trio elétrico. Mas a percussão de Gustado Di Dalva - condutora de Bagagem (Manuela Rodrigues, 2016), faixa produzida por Di Dalva - evoca o som do berimbau e dá o toque de que a artista também traz na mala uma (salutar) baianidade nagô distanciada dos clichês do universo afro-brasileiro. Xote pop que anunciou a chegada do álbum em single digital lançado há três anos, a deliciosa Ôxe, oxê, oxê! (Manuela Rodrigues e Álvaro Lemos, 2013) brinca com graça ao apontar com fina ironia uns estereótipos associados aos baianos. Convidada de Amor de carne e osso (Manuela Rodrigues, 2016), a cantora carioca Silvia Machete entra na brincadeira ao dividir com Manuela a interpretação desta música apimentada com toque nortista no arranjo de atmosfera meio circense. Música formatada por Luciano Salvador Bahia com arranjo que sublinha a ironia cortante da letra, Rede social (Manuela Rodrigues, 2016) tira toda a maquiagem virtual que mascara rostos e realidades em selfies e posts. Já Desejo batuque (Manuela Rodrigues e Lara Belov, 2016) e Risos (2016) - música inédita de autoria de Ronei Jorge, mentor da banda baiana Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - sinalizam que, por vezes, a sonoridade forte de Se a canção mudasse tudo é superior às músicas em si. Boa parte da graça de Risos, afinal, reside nas múltiplas vozes gravadas pela própria Manuela Rodrigues e na trama das cordas orquestradas por Jorge Solovera. Contudo, o samba Nenhum homem é uma ilha (2016) - composto e cantado pela artista com o carioca João Cavalcanti - equilibra música e sonoridade no mesmo alto patamar. Em outra conexão com a cidade do Rio de Janeiro (RJ), o disco ostenta o toque do violino do já acariocado francês Nicolas Krassik em Qualquer porto, canção de mares bravios, magistralmente produzida por Tadeu Mascarenhas. Bisando a conexão com os paulistanos Romulo Fróes e Clima, compositores da música-título do álbum anterior Uma outra qualquer por aí, Manuela dá voz a uma outra composição inédita da dupla, Vai que eu desembeste (2016), gravada com mix de vozes e programações eletrônicas. A atitude expressa nos versos da letra lembra a espevitada expansividade de Barraqueira (Manuela Rodrigues, 2007), o desaforado samba lançado por Márcia Castro no primeiro e melhor álbum desta cantora também baiana. Ainda fora do trilho autoral que conduz Se a canção mudasse tudo, Manuela supera o conterrâneo Gilberto Gil ao dar voz, com mais pegada, a Extra II (O rock do segurança), música lançada pelo cantor e compositor baiano em álbum de 1984. Tadeu Mascarenhas produziu a faixa com brilhantismo, reiterando a sintonia com o som moderno de Manuela Rodrigues, cantora e compositora que, como diria a Marrom Alcione, não é uma qualquer por aí na cena indie brasileira.

Primeiro álbum de Rashid, 'A coragem da luz', traz Criolo, Mano Brown e Max

Primeiro álbum oficial de Rashid, nome artístico do rapper Michel Dias Costa, A coragem da luz, tem lançamento programado para 18 de março de 2016. No disco, que teve 12 das 15 músicas gravadas no estúdio Flap C4 sob a direção musical de Rashid e Julio Mossil, o cantor e compositor paulistano recebe nomes de peso do hip hop como Criolo (convidado de Homem do mundo, faixa produzida por Vitor Cabral) e Mano Brown. O rapper do grupo Racionais MC's figura em Ruaterapia, música gravada também com a adesão de Max de Castro, produtor da faixa feita no NaCena Studios. O time de convidados inclui também o cantor do Natiruts Alexandre Carlo - participante e coprodutor da faixa Depois da tempestade - e a cantora Xênia França, cuja voz é ouvida em Laranja mecânica, fonograma produzido por Marechal. Diversos produtores deram forma ao disco. Nave pilotou Tudo que você precisa, faixa gravada com o cantor paulistano Godô. Skeeter produziu Groove do vilãoQuem é, música gravada com o toque da Orquestra Metropolitana. Damien Seth moldou DNA. Já Parteum deu forma a Êxodo, faixa gravada no Ateliêr Studios. O próprio Rashid produziu Como estamos? (Interlúdio)A cena, música gravada com a voz da cantora Izzy Gordon. As faixas Cê já teve um sonho (Introlúdio), Futuro / No meio do caminhoReis e rainhasSegunda-feira completam o repertório autoral do disco. Todas as 15 faixas do álbum A coragem da luz foram masterizadas por Tony Dawsey, no estúdio Phantom Mastering, em Nova York (EUA).

Voz que ecoa tradições caipiras, Bruna Viola grava ao vivo em SP em março

Voz que ecoa tradições caipiras da música sertaneja, amplificada pelo toque do instrumento que lhe deu o sobrenome artístico, a cantora, compositora e violeira mato-grossense Bruna Villas Bôas Kamphorst - conhecida no universo sertanejo pelo nome de Bruna Viola - vai fazer a primeira gravação ao vivo da discografia iniciada em 2011 com a edição independente do álbum de estreia Resgatando raízes. Projetada em escala nacional no segundo semestre de 2015 (quando, já contratada pela gravadora Universal Music, a artista lançou o álbum Sem fronteiras), Bruna Viola vai fazer o primeiro registro de show em apresentação agendada para 2 de março de 2016 na casa Villa Country, situada na cidade de São Paulo (SP). Paul Ralphes assina a direção musical do show cuja gravação vai gerar CD ao vivo e DVD. Marcelo Amiky vai fazer a direção de vídeo. Nascida em Cuiabá (MT), mas já radicada em Ribeirão Preto (SP), Bruna vai receber na gravação a dupla sertaneja Cesar Menotti & Fabiano, com quem registrou a música Se você voltar (César Menotti e Fátima Leão, 2015), faixa de maior repercussão do álbum Sem fronteiras. Um dos maiores sucessos da cantora paulista Inezita Barroso (1925-2015), a velha Moda da pinga (Laureano, 1940) está prevista no roteiro do show que vai dar origem ao primeiro registro audiovisual de Bruna Viola.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Trambique, um mestre da percussão, sai de cena no Rio (quase) aos 71 anos

José Belmiro Lima (19 de maio de 1945, Rio Novo - MG / 22 de fevereiro de 2016, Rio de Janeiro - RJ) - conhecido como Mestre Trambique no mundo do samba - nasceu em Minas Gerais há 70 anos e nove meses. Mas veio de Minas para a cidade do Rio de Janeiro com meno de um ano de idade. E na cidade do samba se criou, fez seu nome no mundo da música a partir dos 16 anos e se transformou num dos maiores percussionistas brasileiros. Músico profissional desde 1963, ligado à escola de samba Unidos de Vila Isabel, Mestre Trambique saiu hoje de cena, (quase) aos 71 anos, na cidade em que aprendeu e exercitou intuitivamente o ofício de percussionista. Fundador da escola de samba mirim Herdeiros da Vila, Trambique - que tocou com cantores como Martinho da Vila e Ney Matogrosso - integrou o Grupo Semente a partir de 2003, com o qual a cantora Teresa Cristina se projetou ao longo dos anos 2000. Trambique - visto em foto extraída de vídeo do YouTube - foi também compositor, tendo sido parceiro de Nei Silva e Paulinho Correia na criação do samba Na aba, lançado pelo cantor Bezerra da Silva (1927 - 2005) em 1982, mas propagado na voz de Martinho da Vila, em gravação de 1984. Trambique foi um mestre como ritmista de samba.

Céu anuncia quarto álbum de estúdio, 'Tropix', programado para 25 de março

 A cantora e compositora paulistana Céu vai lançar o quarto álbum de estúdio, Tropix, em 25 de março de 2016. Com capa que expõe foto de Luiz Garrido, o álbum Tropix tem produção assinada por Pupillo com Hervé Salters, tecladista e compositor francês do projeto General Elektriks. Tropix vai ser lançado pelo selo Slap. O repertório é basicamente formado por músicas inéditas e autorais.

Baleiro revela o título do disco de inéditas que gravou com vários produtores

Era domingo é o título do nono álbum de músicas inéditas da discografia solo de Zeca Baleiro. Tal como o antecessor O disco do ano (Som Livre, 2012), lançado há quatro anos, Era domingo está sendo formatado por diversos produtores. O cantor e compositor maranhense - em foto de Rama Oliveira - confiou a produção de cada faixa do disco a um nome diferente. “É um jeito mais divertido de fazer. Depois de quase 20 anos de carreira e mais de dez discos lançados, tenho que criar novos modos de fazer, reciclar os métodos. Tudo que eu não quero é fazer um trabalho burocrático. Nesse formato, cada música chega de uma maneira diferente e isso acaba sendo instigante pra mim. Minha voz e o tratamento final é que dão unidade ao trabalho”, justifica o artista. O disco Era domingo vai ser lançado pela gravadora Som Livre em maio deste ano de 2016.

Álbum de inéditas do Quarteto em Cy vai ter as participações de Lyra e Zélia

Arquitetado desde 2013, o álbum comemorativo dos 50 anos de carreira do Quarteto em Cy começa a ganhar forma neste primeiro semestre de 2016. O repertório é essencialmente formado por músicas inéditas. Com inéditas de Carlos Lyra, Dori Caymmi (Mudança de lua, parceria de Dori com Paulo César Pinheiro), Marcos Valle e Roberto Menescal, entre outros compositores, o disco vai ter participações do próprio Carlos Lyra e de Zélia Duncan. Os arranjos vocais serão de Elói Vicente.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Coletânea de Geraldo Vandré, lançada em 1979, é reeditada pela Som Livre

A gravadora Som Livre reedita, neste mês de fevereiro de 2016, disco de Geraldo Vandré lançado há 37 anos. Em 1979, aproveitando os ventos da abertura política que já começavam a soprar no Brasil, a gravadora Som Maior pôs no mercado fonográfico nacional coletânea de Geraldo Vandré batizada com o nome do engajado artista. A rigor, era uma reedição do terceiro álbum do cantor e compositor paraibano, 5 anos de canção, editado pela mesma gravadora Som Maior em 1966. Às 12 músicas do álbum original, no qual Vandré regravou canções autorais que vinham se destacando desde o início dos anos 1960, a coletânea de 1979 adicionou dois registros - um feito em estúdio e outro captado ao vivo - de Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando), a canção lançada por Vandré em 1968 que logo foi proibida por ter se transformado - aos olhos dos algozes do regime militar instaurado no Brasil em 1964 - em explosiva arma popular contra a ditadura. A liberação da música em 1979 motivou a edição do disco naquele mesmo ano. A capa da compilação era diferente da capa do álbum de 1966, mas, com exceção de Caminhando, o disco rebobinava as mesmas músicas do álbum 5 anos de canção. A atual reedição da Som Livre reproduz a arte e o conteúdo da edição original de 1979. Eis, na ordem da coletânea, as faixas do CD Geraldo Vandré:

1. Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968) - Gravação ao vivo
2. Porta estandarte (Geraldo Vandré e Fernando Lona, 1966)
3. Depois é só chorar (Geraldo Vandré, 1964)
4. Tristeza de amar (Geraldo Vandré e Luiz Roberto, 1963)
5. Réquiem para Matraga (Geraldo Vandré, 1966)
6. Canção do breve amor (Geraldo Vandré e Alaíde Costa, 1961)
7. Fica mal com Deus (Geraldo Vandré, 1963)
8. Rosa flor (Baden Powell e Geraldo Vandré, 1962)
9. Pequeno concerto que virou canção (Geraldo Vandré, 1964)
10. Se a tristeza chegar (Baden Powell e Geraldo Vandré, 1964)
11. Canção nordestina (Geraldo Vandré, 1963)
12. Ninguém pode mais sofrer (Geraldo Vandré e Luiz Roberto, 1964)
13. Quem quiser encontrar o amor (Carlos Lyra e Geraldo Vandré, 1960)
14. Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968) - Gravação de estúdio

Parceria com Zeca Baleiro anuncia o quarto álbum de Bruno Batista, 'Bagaça'

Com capa criada por Paulo Bueno e Uibirá Barelli a partir de foto de Julia Rodrigues, o quarto álbum do cantor e compositor maranhense Bruno Batista, Bagaça, vai ser lançado em março de 2016. O primeiro single - Nigrinha, música composta por Batista em parceria com o conterrâneo Zeca Baleiro - entrou em rotação na web em 18 de fevereiro. Produzido pelo guitarrista Rovilson Pascoal, o álbum Bagaça foi gravado com participações do guitarrista Felipe Cordeiro (que toca no já mencionado single Nigrinha) e de Marcelo Jeneci. Na sequência de Nigrinha, Batista vai revelar a música-título Bagaça, gravada com músicos da cena paulistana, como o guitarrista Gustavo Ruiz.

Eis a letra de 'Sinais do sim', música do álbum (de inéditas) do trio Paralamas

O trio carioca Paralamas do Sucesso já tem (cerca de) dez músicas prontas para o álbum de inéditas que pretende gravar no segundo semestre de 2016. A primeira música do disco - Sinais do sim, balada em midtempo - foi apresentada pelo grupo neste fim de semana na estreia nacional do show Paralamas trio na cidade de São Paulo (SP). A melodia de Sinais do sim é de Bi Ribeiro (baixo), Herbert Vianna (voz e guitarra) e João Barone (bateria). Já a letra foi escrita somente por Herbert Vianna. Eis, na íntegra, a letra de Sinais do sim, a nova música dos Paralamas do Sucesso:

Sinais do sim 
(Bi Ribeiro, João Barone e Herbert Vianna)

Meu 
Sei que o teu coração é meu 
E a honra que te convenceu 
De que o melhor está por vir 

Sim
Se deixe levar por mim
Peço perdão por insistir
Mas se já chegamos até aqui 

Você vai ver que um novo dia 
Não parece tão ruim 
Há muito tempo só se via 
A poeira da dor
Nos sinais do sim

Não se afaste tanto dos seus sonhos
Sem ser ousado, eu te proponho
Relaxe, se deixe sonhar 

Pois um dos encantos desta vida
É não ter peso nem medida
Pra restringir o imaginar

Você vai ver que um novo dia
Não parece tão ruim
Há muito tempo só se via 
A poeira da dor
Nos sinais do sim

Nova voz do soul, Liniker se prepara para lançar o primeiro álbum, 'Remonta'

Revelação da música brasileira em 2015, com som calcado no soul e no funk, Liniker de Barros Ferreira Campos - ou simplesmente Liniker, como é conhecido no meio musical indie este cantor e compositor assumidamente gay nascido em Araraquara (SP) há 20 anos - se prepara para lançar o primeiro álbum no segundo semestre deste ano de 2016. O álbum se chama Remonta - nome de uma das músicas autorais de Liniker - e sucede o EP Cru (Vulkania, 2015) na discografia do artista. Foi com a edição do EP digital que Liniker angariou seguidores nas redes sociais, no segundo semestre de 2015, por conta da repercussão das três músicas do disco (Caeu, Louise du Brèzil e Zero). Com visual andrógino, Liniker se dirige ao público como se fosse mulher - o que amplifica o tom político do artista, cujas músicas são compostas em português, e da abrasileirada black music.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Gravado em 2000, último disco de Accioly Netto é reeditado com faixa inédita

O último álbum de José Accioly Cavalcanti Neto (11 de julho de 1950, Goiana – PE / 29 de outubro de 2000, Recife – PE), Meu forró, ganha reedição neste primeiro semestre de 2016 pelo selo Passa Disco, produzida por Fábio Cabral, dono da loja de discos também batizada de Passa Disco. Produzido pelo guitarrista Robertinho de Recife para o selo que abriu na década de 1990, Special Discos, Meu forró, foi concluído por Accioly Neto em 2000, oito dias antes de o cantor e compositor pernambucano sair precocemente de cena, aos 50 anos, vítima de aneurisma cerebral. Editado originalmente em 2001, com distribuição da gravadora Sony Music, o álbum Meu forró volta ao catálogo com gravação inédita. O registro da música Veneza, Veneza foi feito nas sessões de gravação do álbum, mas acabou sobrando na seleção final. Meu forró é espécie de antologia de Accioly. Inclui os dois maiores sucessos do compositor, Espumas ao vento (1997) e Lembranças de um beijo (1994), entre outras músicas também conhecidas como Quando o bate coração (1995), Saudade da boa (1995) e Me dá meu coração (2000), composição lançada no reeditado  Meu forró.

Trilha sonora (autoral) do filme de Alceu é editada em disco duplo em março

Lançado no circuito de festivais em 2014, o primeiro (bom) filme dirigido e roteirizado por Alceu Valença, A luneta do tempo, vai ter a trilha sonora inédita e autoral editada em CD duplo. O disco vai ser lançado no mercado fonográfico em março de 2016 em edição da gravadora carioca Deck. Composta pelo próprio artista pernambucano com inspiração na literatura de cordel e no som dos cantadores e emboladores que ouvia na infância vivida na interiorana cidade natal de São Bento do Una (PE), a trilha sonora do filme A luneta do tempo totaliza 28 músicas. Incelença de cangaço, O sertão precisa é disso, Paraíso e Cordel virtual são quatro dos 28 temas da trilha original do longa-metragem -  espécie de folhetinesco cordel de amor e ódio, ambientado no sertão de Pernambuco.

Alice Caymmi grava participação no álbum (de inéditas) preparado pela Blitz

A banda carioca Blitz prepara desde 2015 um álbum com músicas inéditas. Enquanto aguarda a edição do DVD Rainha dos raios, previsto para ser (enfim) lançado em março deste ano de 2016 pela gravadora Universal Music, a cantora carioca Alice Caymmi gravou ontem, 19 de fevereiro de 2016, participação neste disco do grupo comandado por Evandro Mesquita desde a década de 1980.

Inédita 'Sinais do sim' é a novidade do show em que Paralamas tocam Cream

Balada em midtempo intitulada Sinais do sim - cujo refrão é "Você vai ver que o dia / Não parece tão ruim / Por muito tempo só se via / A poeira da dor / Nos sinais do sim" - é a única música inédita de Paralamas Trio, show que o grupo carioca Paralamas do Sucesso estreou na noite de ontem, 19 de fevereiro de 2016, no Teatro J. Safra, na cidade de São Paulo (SP). Sempre a sós em cena como um power trio, como era até 1986, Bi Ribeiro (baixo), João Barone (bateria) e Herbert Vianna (voz e guitarra) - vistos na estreia do show na foto postada na página oficial do grupo no Facebook - apresentaram a inédita Sinais do sim entre covers dos grupos ingleses Cream e The Jam, Sunshine of your love (Jack Bruce, Pete Brown e Eric Clapton, 1967) e Running on the spot (Paul Weller, 1982), respectivamente. De autoria dos três integrantes do grupo, Sinais do sim vai integrar o repertório do disco de músicas inéditas que os Paralamas planejam gravar no segundo semestre deste ano de 2016. O roteiro também alinha lados B da discografia da banda, como O rouxinol e a rosa (Herbert Vianna, 1991), e duas músicas do guitarrista e compositor inglês Jimi Hendrix (1942-1970). Eis o roteiro seguido em 19 de fevereiro de 2016 pelos Paralamas do Sucesso na estreia nacional de seu show Paralamas  Trio, no Teatro J. Safra, na cidade de São Paulo (SP):

1. Óculos (Herbert Vianna, 1984)
2. Meu erro (Herbert Vianna, 1984)
3. Fui eu (Herbert Vianna, 1984)
4. Vovó Ondina é gente fina (Herbert Vianna, 1983)
5. Romance ideal (Herbert Vianna e Martim Cardoso, 1984)
6. O rouxinol e a rosa (Herbert Vianna, 1991)
7. Cuide bem do seu amor (Herbert Vianna, 2002)
8. Seguindo estrelas (Herbert Vianna, 2002)
9. Dois elefantes (Herbert Vianna, 1988)
10. Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986)
11. Mensagem de amor (Herbert Vianna, 1984)
12. O calibre (Herbert Vianna, 2002) - com citação de Voodoo child (Jimi Hendrix, 1968)
13. Running on the spot (Paul Weller, 1982)
14. Caleidoscópio (Herbert Vianna, 1987)
15. Sinais do sim (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 2016) - música inédita
16. Aonde quer que eu vá (Herbert Vianna e Paulo Sérgio Valle, 2000)
17. Viernes 3 am (Charly García, 1979, em versão em português de Herbert Vianna, 1998)
18. Cuando pase el temblor (Gustavo Cerati, 1985)
19. Lanterna dos afogados (Herbert Vianna, 1989)
20. Little wing (Jimi Hendrix, 1967)
21. Um amor, um lugar (Herbert Vianna, 1997)
22. A novidade (Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone e Gilberto Gil, 1986)
23. Melô do marinheiro (Bi Ribeiro e João Barone, 1986)
24. Alagados (Herbert Vianna, 1986)
Bis:
25. Mr. Scarecrow (Herbert Vianna, 2000)
26. Tempos modernos (Lulu Santos, 1982)
27. Sunshine of your love (Jack Bruce, Pete Brown e Eric Clapton, 1967)
28. Trac trac (Fito Paez, 1987, em versão em português de Herbert Vianna, 1991)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mais uma vez a dois, Ana & Jorge se jogam na pista pop popular com inédita

Resenha de single
Título da música: Mais uma vez (Nós dois)
Compositores: Ana Carolina, Dudu Falcão, Gabriel Moura, Leandro Fab e Pretinho da Serrinha
Intérpretes: Ana Carolina & Seu Jorge (em foto de Leo Aversa)
Gravadora: Sony Music / Universal Music
Cotação: * * *

A união de Ana Carolina com Seu Jorge em 2005 acenou para as massas, dando a visibilidade que Jorge até então não tinha como cantor e compositor e amplificando a popularidade da música de Ana. Derivada do show acústico calcado nas vozes e nos violões dos artistas, a gravação da música É isso aí - versão em português (escrita pela própria Ana Carolina) que diluiu a densidade da canção mais sublime do compositor irlandês Damien Rice, The blower's daughter (2002) - cumpriu a função de gerar megahit para a dupla intitulada Ana & Jorge. O sucesso foi tanto que, desde então, Ana Carolina se debate entre manter a ampla conexão popular ou desenvolver obra autoral de méritos indiscutíveis sem preocupações mercadológicas. Onze anos depois, a reunião de Ana & Jorge - em turnê nacional programada para percorrer as principais capitais do Brasil entre abril e junho deste ano de 2016 e para gerar gravação ao vivo a ser editada em CD e DVD em parceria bissexta das gravadoras Sony Music (à qual o selo de Ana, Armazém, está vinculado) e Universal Music (que tem Jorge no elenco) - tem o claro objetivo de reacender a chama do sucesso de massa. A música inédita que anuncia a turnê - Mais uma vez (Nós dois), disponível para audição no site oficial da dupla - também acena para as massas, jogando a dupla na pista do pop mais popular. A batida eletrônica é trivial, mas a melodia e a levada são grudentas, típicas das boas músicas produzidas em escala industrial. A associação de compositores de universos distintos - de um lado, Ana e Dudu Falcão, dois hábeis artesãos de baladas pop românticas. De outro, Gabriel Moura, Leandro Fab e Pretinho da Serrinha, habituais colaboradores de Jorge na criação de samba pop - gerou música com breve discurso de rap (dito por Seu Jorge) e jeito de hit cantado a plenos pulmões por grandes plateias. Música animada que sinaliza o clima de show que certamente vai jogar para a galera das baladas que movimenta a indústria da música no Brasil de hoje. Mais uma vez (Nós dois) tem tom festivo que se afina com o sentimento do público que já anseia por (re)ver Ana & Jorge em cena. É música sem alma, como tantas produzidas em esquemática linha de montagem. Mas é, sim, uma música eficiente dentro da proposta.  A missão - tão musical quanto comercial - foi bem cumprida.