A guerra ainda não terminou, mas João Gilberto perdeu importante round na batalha judicial travada desde 1992 com a EMI Music para recuperar os direitos de seus três seminais primeiros álbuns. Decisão do desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, da 7ª Câmara Cível, revogou liminar que determinava que a gravadora desse ao cantor - visto em foto de Marcos Hermes - as masters originais dos LPs Chega de saudade (1958), O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961). A alegação foi a de que as fitas poderiam ter sua preservação comprometida se estiverem em posse do artista. De todo modo, a guerra ainda não terminou.
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12 comentários:
A guerra ainda não terminou, mas João Gilberto perdeu importante round na batalha judicial travada desde 1992 com a EMI Music para recuperar os direitos de seus três seminais primeiros álbuns. Decisão do desembargador André Gustavo Corrêa de Andrade, da 7ª Câmara Cível, revogou liminar que determinava que a gravadora desse ao cantor - visto em foto de Marcos Hermer - as masters originais dos LPs Chega de saudade (1958), O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961). A alegação foi a de que as fitas poderiam ter sua preservação comprometida se estiverem em posse do artista. De todo modo, a guerra ainda não terminou.
É bem possível o João tacar fogo nas masters mesmo! Rsrsrsrrss
Figuraça!
PS: Sou a favor de se manter longe dele. Já não o pertence.
uma pena, pois ficamos sem acesso a estas obras primas! Mas estes discos do João, da fase EMI, estão todos disponíveis em novas edições caprichadas, com arte gráfica original e tudo mais, em LP ou CD na maioria das lojas nos EUA. Claro que são edições piratas, mas infelizmente nós no Brasil não temos acesso por incompetência da EMI e da justiça.
Zé Henrique, herdeiro dos altiplanos de Garanhunhs, perdoe-me a intervenção no melhor estilo Professor Pasquale, mas não seria "já não LHE pertence"?
Discordo que os masters não mais pertençam a João Gilberto. Creio que, depois de mais de 50 anos dando lucros fabulosos à EMI, é mais que hora de ele resgatar esse material e leiloá-lo entre as gravadoras interessadas em relançá-lo. De preferência, que a vencedora desse leilão seja uma empresa japonesa, capaz de fazer um trabalho à altura do mestre.
Não há, na história da música popular gravada ocidental, registro de um artista da importância do juazeirense que tenha ficado com o filé mignon de sua obra indisponível por tanto tempo para o público!
Mais do que perdoado, Baiano Márcio.
Não dou muito valor ao português castiço.
Acho mais importante se fazer entender à regrinhas gramaticais.
Certa vez vi seu conterrâneo Carlinhos Brown dizer que tanto faz escrever paçarinho ou passarinho se quem ler souber que ele se referiu ao bichinho gracioso que voa.
Não chego a tanto, mas comungo da sua idéia.
Quanto ao João, quem indisponibiliza, pelo que eu sei, é ele!
Ele deu lucros fabulosos?
Lucros fabulosos quem deu foi a Xuxa!
PS: Gostei do "altiplanos" de Garanhuns. :-)
O problema é a perseguição a João. Marisa Monte pode ser dona dos seus "masters" mas João não? Como assim já não lhe pertencem? Sempre vai pertencer a ele. É sua voz, sua obra. Se ele quiser tocar fogo, que toque, é um direito que lhe assiste. Mas tem muita coisa por trás dessas decisões, ah se tem...
Zé Henrique, João Gilberto briga apenas para não ser grosseiramente lesado. A EMI reuniu seus três primeiros LPs num só CD e pagava a ele por isso direitos sobre as vendas de apenas 1 (um) disco! Houve mais: a ordem das faixas não foi respeitada e a remasterização foi feita à revelia do artista. Se os discos tivessem sido bem remasterizados e lançados individualmente em CD, com edição caprichada, tanto a gravadora quanto o juazeirense ganhariam.
Quanto à linguística, respeito sua opção pela escola de Marcos Bagno, mas minha escolha é outra. Julgo que a liberdade conseguida na linguagem falada não se transfere automaticamente para a linguagem escrita. A norma culta existe para ser usada também, e não há problema nisso. Carlinhos Brown (me impressiona que justamente você o tenha usado como exemplo - rs) não é autor seguido nessa seara. Fiquemos com Caetano Veloso, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Antonio Cícero, etc.
Ah, pode chamar qualquer auditoria para resolver a seguinte questão: João Gilberto vendeu medianamente por 50 anos em todo o mundo. Xuxa vendeu muito no Brasil por 10 anos. Quem proporcionou mais lucros a sua gravadora?
Gill, Marisa é dona de suas masters porque o contrato que assinou com a EMI prevê isso. Abs,MauroF
essas três fitas-máster são as maiores preciosidades da moderna música popular brasileira, e o relançamento dos respectivos álbuns em cd - com o consentimento de João Gilberto - seria, de novo, um grande acontecimento. Que tudo se resolva logo para que os verdadeiros admiradores do gênio possam ter o prazer de escutá-lo da melhor forma possível. Salve, João!
KL, isso só vai acontecer quando João estiver no além, tenha certeza disso. Do jeito que ele é, nunca estará bom. E mais: só veremos esses discos se Bebel e a futura viúva não quiserem rios de dinheiro, porque caso contrário, só em 70 anos - e já não estaremos mais aqui.
Todos sabemos que gravadora pilantra é uma redundância, Márcio.
Mas a alegação da EMI é que o João pode PROPOSITADAMENTE(e eu não duvido nenhum um pouco disso rsrsrs)danificar as masters.
O texto do Mauro não ficou claro, dá a entender que o João, ou quem quer que seja, não cuidaria à contento das fitas.
Enfim, entre as sacanagens das gravadoras e a doidice do João eu acho que temos mais chance de ver esses discos no mercado, da forma como merecem, se eles ficarem com a EMI.
Infelizmente.
Gill, já não o pertecem pelo fato de serem patrimônio da música/cultura brasileira.
Não acho que ele tenha o direito de tacar fogo.
Ahh, Márcio, o João nunca vendeu medianamente. Sempre vendeu pouco.
Se brincar nem disco de ouro ele tem aqui no Brasil.
O que, aliás, não tem a menor importância.
PS: Eu não desgosto tanto assim do Brown, Márcio.
Gosto muito dessa frase dele:
"Quem não gosta da Bahia não gosta do Brasil"
Acho que já deu essa disputa de João e a EMI.
Se ele tem tanto preciosismo por sua obra, por que não fez como a Universal e os herdeiros de Elis: a Universal lança os discos de Elis como quer e João Marcelo Bôscoli lança os mesmos discos pela Trama com o audio e a arte gráfica que lhe assiste. Igualmente fez Milton com seus Clube da Esquina 1 e 2.
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