Resenha de CD
Título: 4Loas
Artista: Marku Ribas
Gravadora: + Brasil Música / Tratore
Cotação: * * * *
Projetado no circuito alternativo dos anos 70, no embalo da onda black que jogou nomes como Tim Maia (1942 - 1998) e Hyldon na linha de frente do mercado fonográfico, Marku Ribas foi logo enquadrado no universo então ascendente do samba-rock. Contudo, o som suingante de Ribas extrapola o samba-rock, como mostra 4Loas, álbum gravado pelo cantor, compositor e violonista mineiro no Ultra Estúdio, em Belo Horizonte (MG), entre janeiro e fevereiro deste ano de 2010. Para quem parou de ter contato com a obra de Ribas após a década de 70, o impacto provocado por 4Loas pode ser grande. E somente não é maior porque, ao gravar seu primeiro DVD em 2007, o artista recusou o habitual tom revisionista dos registros ao vivo de shows e inseriu dez inéditas no roteiro. Seis delas - Altas Horas, A Embaixatriz, Daomé, Ce Pas Pour Ça, Querobem Querubim e Aristoporindé - figuram entre as onze músicas gravadas neste disco produzido pelo próprio Ribas. Partindo do samba, ritmo dominante em temas como Aurora da Revolução e Daomé, o compositor exercita seu suingue com pitadas de rock, bossa, jazz, funk, soul e música africana. A influência jazzística é especialmente perceptível nas passagens instrumentais de Altas Horas. Já O Mar Não Tem Cabelo evidencia a intimidade de Ribas com o funk dos anos 70. Se Doce Vida dialoga com o universo da Bossa Nova, Berverly Help indica a fonte onde beberam nomes como Ed Motta. Hoje com 63 anos, Marku Ribas já ultrapassa 40 anos de carreira com fidelidade absoluta ao seu particular universo musical. 4Loas, a rigor, está em sintonia com o som de álbuns como Underground (1972) e Marku (1975). E, por isso mesmo, o CD não tem cacife para tirar o artista do underground ao qual são confinados todos os artistas que não aceitam embranquecer, aos poucos, sua black music.
Projetado no circuito alternativo dos anos 70, no embalo da onda black que jogou nomes como Tim Maia (1942 - 1998) e Hyldon na linha de frente do mercado fonográfico, Marku Ribas foi logo enquadrado no universo então ascendente do samba-rock. Contudo, o som suingante de Ribas extrapola o samba-rock, como mostra 4Loas, álbum gravado pelo cantor, compositor e violonista mineiro no Ultra Estúdio, em Belo Horizonte (MG), entre janeiro e fevereiro deste ano de 2010. Para quem parou de ter contato com a obra de Ribas após a década de 70, o impacto provocado por 4Loas pode ser grande. E somente não é maior porque, ao gravar seu primeiro DVD em 2007, o artista recusou o habitual tom revisionista dos registros ao vivo de shows e inseriu dez inéditas no roteiro. Seis delas - Altas Horas, A Embaixatriz, Daomé, Ce Pas Pour Ça, Querobem Querubim e Aristoporindé - figuram entre as onze músicas gravadas neste disco produzido pelo próprio Ribas. Partindo do samba, ritmo dominante em temas como Aurora da Revolução e Daomé, o compositor exercita seu suingue com pitadas de rock, bossa, jazz, funk, soul e música africana. A influência jazzística é especialmente perceptível nas passagens instrumentais de Altas Horas. Já O Mar Não Tem Cabelo evidencia a intimidade de Ribas com o funk dos anos 70. Se Doce Vida dialoga com o universo da Bossa Nova, Berverly Help indica a fonte onde beberam nomes como Ed Motta. Hoje com 63 anos, Marku Ribas já ultrapassa 40 anos de carreira com fidelidade absoluta ao seu particular universo musical. 4Loas, a rigor, está em sintonia com o som de álbuns como Underground (1972) e Marku (1975). E, por isso mesmo, o CD não tem cacife para tirar o artista do underground ao qual são confinados todos os artistas que não aceitam embranquecer, aos poucos, sua black music.
ResponderExcluir